segunda-feira, 21 de junho de 2010

Presidenciais - para quê?


O Estado português é especialista em desperdiçar dinheiro dos contribuintes, de colocar-se assim em crises orçamentais que depois os mesmos contribuintes têm de vir alegremente pagar.

Sempre que me falam em eleições esse mesmo gosto em gastar o dinheiro alheio vem-me à mente. Porque em Portugal, este rico e abastado país, sustentamos todo o tipo de estravagâncias que os partidos queiram fazer em campanhas. Ele é dinheiro em subvenções para o funcionamento dos partidos e, como este não chega, aqui vai mais dinheirinho para as campanhas eleitorais.

No entanto os defensores desta prática afirmam ser o custo da democracia, e que, sem partidos não há democracia. Sendo verdade esta última parte do argumentário, não o é efectivamente a primeira, porque, a meu ver, não entendo as razões do porquê de uma estrutura da sociedade civil, como o devem ser os partidos, ter de ser sustentada pelo Estado.


Mas adiante.


Esta conversa toda para chegar a mais um desperdício brutal. As eleições Presidenciais para reeleição do inquilino de Belém. Para mim estas eleições não têm sentido nenhum. Um mandato de 10 anos que tem de ser escrutinado a meio, com todas as despesas que isso acarreta, já para não falar no estéril folclore político que acarreta, faz algum sentido? A meu ver não.


Claro que existem outras ideias e pensamentos, mas já que estamos numa onda de ideias para a revisão da constituição, em vez de "palermices" do tipo retirar da constituição a natureza republicana do Estado, porque não propor que um Presidente da República se pode candidatar apenas a um mandato, tendo este a duração de sete anos? Não será mais razoável, mais sensato e sobretudo não dará mais sentido e valor à função presidencial? A mim parece-me obviamente que sim.

1 comentário:

  1. Por acaso o mandato em França já foi em tempos de 7 anos. Em todo o caso discordo que os partidos sejam absolutamente necessários numa democracia. Nem sei mesmo se não serão os principais instrumentos da sua "superficialização" e sobretudo instrumentos da subordinação do poder politico ao económico pela necessidade óbvia de sustentar uma máquina ... ora essa necessidade provoca a dependência. sinceramente eu proibia todas as actividades de campanha que não fossem estritamente iguais para todos. Não me preocupa tanto o que se gasta mas mais a razão pela qual se gasta.

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