quinta-feira, 29 de julho de 2010

Falta de Tempo




O tempo é sempre um problema: quantas vezes já desejámos que o dia tivesse mais do que as suas poucas 24 horas. Uns pelos seus muitos afazeres, outros pelo seu gosto imenso por uma soneca profunda, a quem as oito horas normais são insuficientes.
Mas o tempo, até hoje, nunca pareceu ser um problema para a Justiça portuguesa, pelo menos a avaliar pela forma displicente com que trata o tempo, despendendo deste em abundância. Famosas tornaram-se as prescrições, os processos demorados, os adiamentos infinitos, os recursos sem fim.
Aparentemente no caso Freeport, ou pelo menos na investigação deste, o tempo foi comprado a peso de ouro, poupado com cuidado, reservado mesmo, ao ponto de não ter sido suficiente para ouvir um dos intervenientes chave do processo, que foi só o responsável máximo pelo licenciamento ambiental do projecto, mas que, por pura coincidência, é hoje apenas o Primeiro Ministro de Portugal.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.