quarta-feira, 31 de março de 2010

O dinheiro não cai do céu? Cai sim senhor.

Por vezes dizemos, principalmente quando vamos trabalhar sem vontade nenhuma, que tem mesmo de ser porque "o dinheiro não cai do céu". E assumimos isto como uma verdade. Mas não é: há pessoas para quem o dinheiro cai do céu.

Pois é, há pessoas que basta ficarem encostadas, sem se mexerem muito e pronto o dinheiro cai-lhes do céu: estou a falar, claro, dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção.

Um desempregado tem de trabalhar, fazer descontos, inscrever-se no Centro de Emprego, periodicamente apresentar-se e manter uma busca activa de emprego, para ganhar o seu dinheiro.

Um trabalhador, ganhe muito ou pouco, tem de se levantar cedinho e ralar o dia para ganhar o seu dinheiro.

Os beneficiários do RSI não tem ressponsabilidades nem obrigações, é só ficar quietinho que o dinheiro cai do céu.


ACABE-SE JÁ COM O RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO.


O RSI devia ser imediatamente proibido, só devia de haver apoio do Estado para quem não consegue trabalho em lado nenhum, e, mesmo para essas pessoas o dinheiro não deve ser dado. Há muito trabalho para fazer, desde limpezas, a auxiliares nas escolas, a apoios nas Câmaras ou hospitais, onde essas pessoas poderiam ser utilizadas. Ou seja dar dinheiro nunca, mas dar às pessoas um trabalho social enquanto não conseguem um emprego, emprego esse que o Estado deve ajudar a encontrar, isso sim. Mama e perguiça têm de acabar, toda a gente deve ganhar o seu dinheiro, este não deve cair do céu para ninguém.

Porque é que eu nunca fui socialista?

Ora aqui está um texto simples que demonstra de uma forma prática e concreta o falhanço do socialismo e a maldade social de um regime assim, e que, ao mesmo tempo, explica porque é que nunca fui socialista. É um texto que sendo humorado é também muito sério e demonstra bem o falhanço da actual sociedade portuguesa.

(Este texto foi-me enviado por email, por isso perdoem o mau português)


Uma Experiência


Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma turma inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo. '

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experiência socialista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.
Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado. "Quando a recompensa é grande", disse ele, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."


"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar a alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a. "

Adrian Rogers, 1931

sábado, 27 de março de 2010

1ª parte

Para já tudo bem:

BENFICA 1 - 0 Braga

Benfiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiica

Hoje estou de alma encarnada: viva o Benfica, todos esperamos uma grande vitória que embale definitivamente o Glorioso para o título.

Pedro Passos Coelho é o novo Presidente do PSD

Se eu fosse militante do PSD, PPC nunca seria aquele candidato em que votaria. A minha preferência claramente teria sido por Paulo Rangel. E isto apenas por uma razão muito simples: prefiro um candidato a Primeiro-Ministro inteligente, competente na sua vida profissional, esta é isenta da contaminação dos pior que os aparelhos partidários podem produzir, e, sobretudo é uma pessoa que, por ter recentemente chegado à política, ainda não está contaminado pelo veneno político deste país. Ao mesmo tempo Rangel teria a vantagem de esvaziar um CDS que sobe em popularidade ao mesmo tempo que sobe em demagogia e na falta de ideias concretas para o país.

Mas de facto não sou militante do PSD, o meu campeonato é outro, é o dos micropartidos. Claro que não fico contente por o meu partido ser um micro ou nano partido, é o por força das próprias circunstâncias de ser umas força nova, com uma mensagem nova e sobretudo com uma mensagem que vai contra a mentalidade instalada e ensinada aos portugueses desde o 25 de Abril de 74, de que o Estado é o paizinho com dinheiro que nunca acaba e cuidará sempre, aconteça o que acontecer, de todos.

A eleição de Pedro Passos Coelho é mesmo o pior que podia acontecer neste momento do MMS, até porque se posiciona um pouco com um discurso muito semelhante ao que o MMs sempre teve e terá, bem como entra nas linhas onde nos queremos afirmar: a área do liberalismo democrático.

O MMS está a preparar-se para deixar de ser MMS - Movimento Mérito e Sociedade, para se tornar no MMS-PLD - Partido Liberal Democrata, deixando o MMS na sigla, mas assumindo um novo nome. Passos Coelho é certamente um rival na conquista deste espaço. Porém, o discurso do meu partido afasta-se do de PPC porque este entra em toda a lógica habitual do sistema político, enquanto o MMS-PLD, definindo-se agora ideologicamente continua a não se querer certamente comprometer com a velha geometria política, assumindo o seu enquadramento efectivo como fora do sistema.

Bem sei que é um discurso na moda, o de ser político sem querer ser do sistema, acontece que o MMS não se afirma fora do sistema por rebeldia ou superioridade moral - tipo grilo falante, tipo BE -, afirma-se como fora do sistema por ter, desde sempre, propostas de desconstruçãod e um sistema fechado e viciado, que prolonga a vida dos sempre os mesmos, sugando o Orçamento se que daí venha algo de bom para o País.

sexta-feira, 26 de março de 2010

MMS - Novo Líder

Quem acompanha este blogue há algum tempo certamente que sabe que sou militante de um partido: o Movimento Mérito e Sociedade - MMS.

Fui inclusive candidato por este partido à Assembleia de Freguesia de Agualva.

E num momento em que se discute a liderança do PSD, deixem-me olhar um bocadinho para o meu umbigo, e, apesar de poderem muitos achar que isto não tem importância, tem para mim.

Desde as eleições que aconteceram no ano passado, e, perante os resultados obtidos, o MMS quase que fechou. Mas não fechou para sempre, fechou sim para obras. Para obras? - perguntará. Sim, para obras: para reflexão do que se fez mal, para reflexão do sentido de haver um partido assim, reflexão sobre a renovação necessária, reflexão do porque é que a mensagem falhou; fechou para reconstrução do que se destruiu, para busca de rumos e ideias, enfim, fechou para obras de remodelação, para abrir com nova gerência.

O primeiro passo deste novo MMS foi dado no passado dia 20 de Março com a eleição de um novo Presidente: o sucessor do fundador e primeiro Presidente do MMS - o Professor Eduardo Correia, é o Dr. Francisco Oliveira. O nome pode não dizer nada a muitos, mas deixo aqui a foto - sim é essa caratonha que aí está - e sobretudo o link para a Proposta de Estratégia que apresentou aos militantes.

Por aquilo que ali se lê poderá dizer-se que a revolução (inteligente) está agora a começar, com a metamorfose do MMS num partido de cariz liberal democrata, com preocupações sociais e com a sustentabilidade (longe de um liberalismo de estilo neo, adeptos ferrenhos do laiseez-faire) como preocupação central, ou seja, uma força política de um espaço político não existente no espectro partidário português, apesar dos liberais democratas serem a terceira força mais importante do Parlamento Europeu - o ELDR.

O MMS está de volta e melhor que nunca.
Aguarda-se agora com expectativa o próximo Congresso Nacional, que ocorrerá provavelmente durante o mês de Abril, bem como a composição das listas candidatas aos órgãos do partido, sobretudo da nova Comissão Política Nacional.

Acabe-se com o Parlamento


Se dúvidas ainda houvesse sobre a inutilidade de manter um parlamento com 230 deputados agrilhoados com uma mordaça chamada disciplina de voto, ontem, todas elas se dissipariam. Após a abstenção do PSD em relação à resolução de apoio ao PEC levada ao parlamento pelo Governo, 10 deputados desse partido fizeram uma declaração de voto afirmando que se fosse apenas por eles teriam votado contra, que a abstenção foi imposta pela direcção da bancada, por decisão da liderança do partido.

Perante isto afirmo: acabe-se com o Parlamento. Para que serve? Para absolutamente nada. Em vez de mantermos 230 deputados (sustentarmos), basta haver um representante de cada partido, representando cada um deles, um determinado valor de "votos parlamentares" ou de "unidades parlamentares", votando de acordo com a decisão do partido. Assim o representante do PS valeria os 90 ou mais votos que o PS tem no parlamento, o do PSD valeria 81 "unidades parlamentares", correspondentes aos actuais 81 deputados e assim por diante até perfazermos as tais 230 unidades. Para os debates e discursos também seria suficiente, porque falam sempre basicamente os mesmos em cada debate quinzenal. Não existe razão, a não ser sustentar tachos, perante o actual sistema para mantermos um parlamento desta dimensão. A Assembleia da República podia funcionar numa pequena sala, tudo seria mais modesto, mas sobretudo mais barato, e ao fim e ao cabo não mudávamos nada.

A disciplina de voto é um cancro profundo que corrói o nosso sistema político. Tome-se o exemplo da democracia americana, onde nem os senadores, nem os congressistas estão presos a qualquer disciplina partidária. Funciona? Certamente que melhor do que a nossa, pelo menos há uma razão para eles lá estarem, representam os interesses do círculo pelo qual foram eleitos. Claro que não é prefeito esse sistema, porque as pressões, as negociações pouco claras existem. Mas ainda assim é para isso que estão lá: representam os seus eleitores, se não o fizerem bem pagarão no final do mandato. Não são reeleitos, porque os círculos são uninominais e os eleitores sabem quem foi o malandro que não protegeu os seus interesses.

Assim sim. Mas por cá preferimos listas intermináveis de gente invisível que depois se senta no parlamento a bater palmas e onde até o direito de pensar e opinar pela própria cabeça lhes é retirado.

Acabe-se com o parlamento, ou pelo menos com este sistema parlamentar viciado e diminuto e que não serve os interesses de ninguém, a não ser de um pobre e limitado grupinho de gente.

sábado, 6 de março de 2010

Devolvam-me o Evangelho!

Fica aqui mais um excelente texto do Blogue Sip of Glory.

Roubaram-me o Evangelho da Graça!!! Existe uma nova religião que está a tomar de assalto as actuais Igrejas evangélicas. Esta moderna religião não se baseia apenas nos escritos bíblicos, mas em revelações complementares (e muitas vezes antagónicas) de "pastores", "bispos", "profetas", "doutores", etc. Nunca como hoje ouve tanta revelação espiritual. Estou contudo muito confuso. Não sei mais em quem acreditar. Serei Arminiano ou Calvinista? Assembleiano ou Universalista? Onde estão as velhinhas Igrejas Baptistas com a sua explicação sempre razoável dos escritos bíblicos? Que saudades do prezado irmão Tage Stahlberg com o seu "pentecostalismo discreto". "Não precisas de gritar e pular porque Deus não é surdo , adora o Senhor" - disse-me certo dia. Mas esta praga de "ungidos" já não tem vergonha de nada. Alguns imitam galinhas, patos, touros, bezerros, apitos, eu sei lá que mais! Já perderam o sentido do ético, da moral e dos bons costumes. Vale tudo para estabelecer esta nova religião de eventos fantásticos onde "Deus" sempre tem algo a fazer. Nem que seja tirar os "paradigmas" das cabeças dos crentes "racionalistas". "Ti" Alfredo Machado disse certa vez que uma das formas de Deus se revelar é (também) através do bom senso - o senso comum. Já não há bom senso ou razoabilidade nas modernas Igrejas evangélicas assaltadas por esta nova religião? "Prodígios" e "maravilhas" fazem parte constante das mensagens púlpitas destes novos "profetas" da actualidade. Se você quiser um milagre só tem que pagar o justo valor - de preferência em dinheiro, claro. Sete dólares por cada dez minutos de oração. Sim, leu bem o texto! Ora se por hora o "profeta" orar por seis pessoas (o que é tecnicamente possível), terá 144 pessoas para orar por dia o que equivale a 1008 dólares por um simples dia de oração. Uau! Ficará rico em pouco tempo. Daqui a pouco poderá (também ele) comprar um avião, e ir "profetizar" aos fins de semana para as Bahamas com transmissão directa das suas "profecias" pela internet. Ou então em pouco tempo comprará um canal de televisão privado para poder mesmo de férias disseminar as suas idéias. Sempre poderá dizer aos mais chegados que está numa conferência em Tulsa, Oklahoma. Ou então dirá que tal como Jesus tinha necessidade de se isolar nos montes a fim de orar, ele fez o mesmo; só trocou os montes pelas Bahamas... Conheci à tempos um crente em Lisboa que me disse ser "sósia" de determinado "mestre" da actualidade. Disse-me que quando o determinado "mestre" não podia estar presente na Igreja era ele que transmitia do púlpito o "estudo bíblico". (Previamente escrito pelo mestre claro). Estes pseudo-cristãos "modernos" e "poderosos" usam e abusam da ignorância e do desejo do divino inerentes ao coração e mente humanas para daí retirarem boas vidas, opulência e poder social. O crente ignorante depressa se deixa enganar e fica agrilhoado ao seu líder religioso na sua vida familiar, social e espiritual. Fica a depender do seu "guru" (desculpe: Pastor) espiritual para se aproximar de Deus. Tal qual como quando no "velho" catolicismo romano, também dependia dos seus santos e santinhos! Não tarda muito e teremos fotos de alguns líderes neo-católicos "ungidos" e "carismáticos" a adornar as mesinhas de cabeceira nos quartos de dormir das famílias cristãs evangélicas... Ou então como nas lojas de mobiliário indianas serão certamente idolatrados em fotografias convenientemente colocadas nas paredes dos escritórios dos empresários cristãos... Tal como na alegoria da caverna de Platão esta nova religião permite ver as sombras nas paredes mas não "desamarra" os seres humanos das grilhetas nem deixa sair da caverna da ignorância para que assim os prisioneiros possam observar a realidade - o verdadeiro e simples Evangelho! Esta nova religião tende sempre a apresentar "verdades inquestionáveis" desde logo castradoras das liberdades fundamentais do ser Humano. A religião é o ópio do Povo, como diria Karl Marx noutro contexto. Estava certo pelo menos em relação a esta! Tal como uma droga alucinogénica que produz sensações ocasionais e luminosas que não sendo realidades, leva o drogado (crente) a pensar que o são e acabará por ter o mesmo resultado - a alienação da realidade! Ou pior: Uma rejeição (por exaustão demagógica) da sua própria espiritualidade. Esta nova religião tem este efeito maléfico: Amputar o ser humano da sua liberdade de pensar e questionar! A voz do líder é a voz de Deus! Mas desde logo defendo que o meu maior direito que considero inalienável é o Direito à Dúvida! Tenho o direito de ter dúvidas! Eles (os "ungidos") estão a ensinar que devemos depender de Deus em tudo na vida. Sendo que "deus" é o que eles dizem que é e pronto! Apresentam Deus como uma espécie de génio da lâmpada de Aladino. A lâmpada será a sua religião mortífera e o génio é o próprio Deus que satisfaz sempre os desejos do crente através da oração. Fala (pede um desejo) e Deus dará sempre resposta afirmativa à tua Fé (confissão positiva). (Desde é claro que o crente seja fiel, especialmente no que respeita aos dízimos e às ofertas). Esta "doutrina" nada tem a ver com os ensinos deixados pelos autores dos escritos para a Igreja primitiva. Leva os crentes incautos e ignorantes a acrediar em fantasias que nada têm a ver com a verdade do Evangelho. Uma fantasia muito piedosa não deixa de ser uma fantasia. Desde logo estamos a dizer às pessoas que independentemente do seu esforço intelectual ou físico - independentemente do seu trabalho -"tudo vai correr bem". Estes crentes não vêm (conhecem) Deus pelos olhos da sua própria inteligência mas através dos filtros religiosos e inquestionáveis inculcados na sua mente por estes novos "ungidos". Por serem espiritualmente ignorantes ainda não aprenderam a questionar! (Comparar as coisas espirituais com as espirituais!) "Eles" (os "ungidos") estão a ensinar uma nova religião e não o verdadeiro Evangelho! Os escritos bíblicos e neo-testamentários dizem claramente para ensinar aos crentes o caminho que conduz à vida, dizendo também que esse caminho é difícil, estreito e cheio de perigos. Prometer vida boa e sucesso e sempre respostas positivas às orações dos cristãos de hoje não passa de uma mentira que só pode ter origem no maligno. Esta não é seguramente a verdadeira mensagem de Cristo. Acredito que o maior milagre que Deus pode operar hoje na terra não é o milagre de transportar montanhas de um lado para outro mas pôr em ordem esta autêntica confusão. Para isso precisa talvez de encontrar gente que em liberdade o queira amar e questionar e assim ser esclarecida por Ele. Alguém que queira apenas ser um mero cooperador sem o contributo desta total ignorância religiosa. Alguém que não almeje ser pastor, ou apóstolo, mestre ou profeta, ou outra coisa qualquer no Reino de Deus. Alguém que com alegria queira ser apenas mais um entre muitos irmãos! Alguém que não queira poder e sucesso financeiro ou social. Alguém isento desta nova religião nefasta e ignorante. Por outras palavras acredito que Deus não procura gente que possa confiar cegamente n`Ele mas sim homens e mulheres intelectualmente livres, disponíveis e responsáveis. Gente que tal como Moisés questionava Deus mas cumpriu o trabalho que lhe foi proposto (mesmo não vendo no fim concretizada a promessa divina). Gente como Jonas que não queria ir à cidade de Nínive avisar da justiça divina e fugiu da tarefa ordenada por Deus mas acabou (contra a sua própria vontade) por cumprir a ordem que lhe foi dirigida. Esperou em vão debaixo da aboboreira o cumprimento da promessa de castigo sobre a cidade - não teve o consequente resultado que esperava. Questionou o Senhor e teve a sua resposta. Homens como Oséias que teve que conviver (contra a sua vontade) com uma prostituta, e que acabou mesmo por ser abandonado por ela. Quando o desgraçado Jó na sua miséria questionou o Senhor obteve primeiro resposta às suas dúvidas, sendo posteriormente abençoado. Deus ainda é o mesmo ou não? E que dizer do apóstolo Paulo que três vezes orou ao Senhor e não lhe foi retirado o "espinho na carne"? Acredito que na actualidade Deus não procura religiosos mas homens e mulheres livres e intelectualmente responsáveis que queiram ser seus cooperadores no crescimento do reino de Deus. Alguém disponível não para ser um "entretainer" mas que apenas ame as ovelhas e que queira seguir o princípio fundamental ético, moral e espiritual - para que que Ele cresça e eu diminua. Haverá alguém entre nós que queira dar "um murro na mesa" e ser um cooperador de Deus sem o contributo desta horrorosa, violenta e nefasta nova religião? Haverá alguém isento dos vícios religiosos e livre para questionar a revelação do Senhor? Teremos entre nós alguém que queira aprender e ensinar o verdadeiro e simples Evangelho? Alguém que queira devolver à Igreja o que lhe está a ser roubado? Eu, por mim estou farto de ser enganado por estes "super-espirituais". Já me cansei desta miserável panaceia. Devolvam-me o Evangelho da Graça! Devolvam-me o Evangelho já!

terça-feira, 2 de março de 2010

Creio que é desta

Já tive um período de quebra nos escritos aqui na textura, de tal forma que ponderei em acabar o blogue. Depois lá decidi retomar a coisa.
Esta é uma actividade muito interessante, porém, bastante desgastante, principalmente para uma pessoa como eu que, ou faz ou não faz, é tudo à bruta e que segue o ímpeto instantâneo de ter de comentar aquilo que leu ou que viu, como quem tem a necessidade imperiosa de despejar uma vontade.
Mas o desgaste tem sido muito, o tempo tem sido pouco e o meu computador não tem ajudado, pois está às portas da morte e a disponibilidade de "tempo" para outro não é muita. Por vezes a raiva que sinto contra o pobre aparelho por este demorar uma verdadeira eternidade a mudar de separador, por exemplo, raia a loucura e o ímpeto de lhe dar uma carícias é muito forte.
Aliado a tudo isto está a desinteressante vida política portuguesa. Melhor, a vida política e a política em si são muito interessantes, mas ando a ficar um pouco enjoado de ver cenas indignas de políticos como o nosso Primeiro-Ministro, que é uma das maiores vergonhas deste país, um dos piores produtos políticos mais podres que este país já produziu, sem que hajam consequências, tudo mansamente é assobiado para o ar. Isto tem-me sido motivo de profunda insatisfação e frustração. Não é razão para desistir da vida política, ou se preferirem, da vidinha política, até porque continuo a querer participar numa urgente mudança, a primeiro das mentalidades, desaguando numa mudança real de política e de sistema político. Continuo a querer lutar por ela, o frustrante para mim tem sido falar muito sobre isso, escrever aqui muito sobre isso, mas fazer pouco, muito pouco por isso.
E isso irrita-me, faz-me mal, frustra-me, irrequieta-me, incomoda-me, chateia-me, aborrece-me, enfim torna-se mais um, fardo do que um prazer escrever e falar sobre as coisas sem porém fazer nada por isso, para isso.
Daí estar de novo desmotivado com a escrita na textura, daí os poucos posts que por aqui têm aparecido, daí de novo ter surgido a vontade de acabar com isto.
Vamos ver.
Vou-lhe dar uns dias de descanso e logo se vê.