Por vezes dizemos, principalmente quando vamos trabalhar sem vontade nenhuma, que tem mesmo de ser porque "o dinheiro não cai do céu". E assumimos isto como uma verdade. Mas não é: há pessoas para quem o dinheiro cai do céu.
Pois é, há pessoas que basta ficarem encostadas, sem se mexerem muito e pronto o dinheiro cai-lhes do céu: estou a falar, claro, dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção.
Um desempregado tem de trabalhar, fazer descontos, inscrever-se no Centro de Emprego, periodicamente apresentar-se e manter uma busca activa de emprego, para ganhar o seu dinheiro.
Um trabalhador, ganhe muito ou pouco, tem de se levantar cedinho e ralar o dia para ganhar o seu dinheiro.
Os beneficiários do RSI não tem ressponsabilidades nem obrigações, é só ficar quietinho que o dinheiro cai do céu.
ACABE-SE JÁ COM O RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO.
O RSI devia ser imediatamente proibido, só devia de haver apoio do Estado para quem não consegue trabalho em lado nenhum, e, mesmo para essas pessoas o dinheiro não deve ser dado. Há muito trabalho para fazer, desde limpezas, a auxiliares nas escolas, a apoios nas Câmaras ou hospitais, onde essas pessoas poderiam ser utilizadas. Ou seja dar dinheiro nunca, mas dar às pessoas um trabalho social enquanto não conseguem um emprego, emprego esse que o Estado deve ajudar a encontrar, isso sim. Mama e perguiça têm de acabar, toda a gente deve ganhar o seu dinheiro, este não deve cair do céu para ninguém.
Olá Sérgio, embora "por principio" concorde contigo, esta crise que estamos a enfrentar exige de todos nós uma abordagem inovadora e criativa.
ResponderEliminarSe as pessoas trabalham por contrapartida do subsidio de desemprego então na prática o que temos não são desempregados mas funcionários públicos, sem quaisquer direitos e mal pagos...
Antes dessas medidas radicais, porque é que não se estabelece antes um tecto máximo para as futuras reformas como existe em Espanha, e se aplicam reduções percentuais ás reformas do sector publico, vencimentos de funcionários públicos mais bem pagos e em especial dos políticos já existentes, que estejam acima desse limite? 2,000 Euros parece-te razoável?
Outra opção seria não atribuir ás pessoas um subsidio de desemprego ( SD ) com um valor directamente proporcional aos seu últimos vencimentos, mas sim valores mínimos definidos pelo estado segundo as qualificações de cada pessoa. O que está a acontecer por sistema é que há pessoas a recusarem empregos onde lhes oferecem metade do ultimo vencimento ( UV ) porque estão a receber SD, de valor próximo ao do UV, e quanto o SD, acaba as pessoas vão ao mercado e já nem metade conseguem ganhar. Imagina isto a passar-se contigo? Mas está a passar-se e a afectar milhares de pessoas no preciso momento em que escrevo...
Apesar da tua opção ser, na minha opinião demasiado radical e desenquadrada da actual situação social, infelizmente a situação financeira do país irá obrigar o estado a tomar estas e outras medidas, muito mais gravosas e penalizadoras, mas também muito mais significativas no necessário corte da despesa publica. Tudo será uma questão de meses.
A redução do numero de deputados de 230, para 180 como já contempla a constituição, e a posterior revisão da mesma para acomodar números mais consentâneo com a nossa realidade 100/120 deputados poderá permitir ganhos de alguns milhões de Euros, ainda assim, sem impacto de volume aparente nos cortes que teremos de fazer a prazo. Contudo, se o EXEMPLO NÃO VIER DE CIMA, não há LEGITIMIDADE para o estado impôr seja o que for em matéria de sacrificios. Sem legitimidade não há autoridade. Conclusão. Vai dar molho!!
Carlos
ResponderEliminarSe reparares o texto fala do RSI e não do subsídio de desemprego. Até porque faço a ressalva de que o subsídio de desemprego implica algumas obrigações, que o dinheirinho limpinho caidinho do céu só mesmo o do RSI.
Não digas que não sei o que isto é, porque embora eu tenha trabalho a minha esposa está desempregada desde março do ano passado,e, embora se tenha esforçado e ido a várias entrevistas, ainda não conseguiu um trabalho.