sexta-feira, 17 de julho de 2009

Lançamento de Candidatura


Estou a preparar uma candidatura autárquica, pelo Movimento Mérito e Sociedade, à Junta de Freguesia de Agualva, Concelho de Sintra, onde serei o cabeça de lista. Como tal estamos a preparar um pequeno evento de lançamento da candidatura do próximo dia 2 de Setembro, pelas 19 horas, no Largo da República (antigo largo da feira, largo dos bombeiros), em Agualva-Cacém. Este contará com a presença de vários elementos do MMS.


Deixo aqui o convite para que todos os amigos da textura do Texto, leitores, outros bloggers, etc. para estarem presentes neste pequeno evento.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Aborto: a degradação da condição e do valor da pessoa humana


Sempre fui e serei sempre contra a prática de crimes contra a vida humana. Entre estes incluo o aborto. Claro que não me venham falar no aborto terapêutico porque aí há uma opção entre duas vidas do mesmo valor, ou o valor de uma pessoa enquanto tal. Atenção que eu não valorizo a vida humana por si só, mas a pessoa humana, a sua dignidade, a sua condição e a sua qualidade de vida.

Por tudo isto a liberalização do aborto sempre me pareceu uma má solução, sobretudo porque a alternativa, até por uma questão de valorizar a pessoa das mulheres, não é nunca o aborto, mas sim a contracepção e a possibilidade de engravidar no momento escolhido.

Mas a nossa sociedade é a sociedade da irresponsabilidade social, é a sociedade que prefere lavar as mãos em vez de educar, formar, apoiar e construir. Opta-se apenas pelo facilitismo, pelo imediatismo, tal toxicodependente ressacado a precisar urgentemente da dose seguinte.

Assumir o problema do aborto clandestino como um verdadeiro problema social e que retira dignidade à vida e à pessoa das mulheres, não é dar-lhes a possibilidade infinita de abortar: dignificar a pessoa humana é construir um verdadeiro programa de educação sexual nas escolas, onde não seja dito aos jovens "façam sexo mas protejam-se" onde se dê a todos e a cada um o equipamento pessoal de decidirem pelo seu tempo, pelo seu momento e quando esse momento acontecer, aí saberem como se protegerem, não só de uma gravidez indesejada, mas também de doenças; dignificar a pessoa humana é depois disso construir uma verdadeira rede de planeamento familiar, onde as mães das adolescentes assumam que, sem preconceitos nem vergonhas, as suas filhas devam ir para iniciarem um contraceptivo, sem que isso signifique necessariamente atirá-las para debaixo de algum rapaz desejoso; educar, formar. Prova de toda esta irresponsabilidade social está neste artigo do Público de hoje, que dada a sua acuidade decidi reproduzir integralmente.


Lei que despenalizou a IVG entrou em vigor há dois anos

Segundo aborto devia ser a pagar, diz director do serviço de ginecologia de Santa Maria

15.07.2009 - 08h52 Natália Faria

As mulheres que fazem mais do que um aborto deviam começar a pagar pela segunda interrupção, preconizou ao PÚBLICO Luís Graça, director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria (HSM).


Apesar de fazer um balanço "extremamente positivo" dos primeiros dois anos de vigência da lei - que despenaliza o aborto até às dez semanas - que hoje se assinalam, aquele responsável lembra que, desde o início do ano, mais de 20 mulheres recorreram ao HSM para fazer um segundo aborto. "Se estas mulheres tivessem que pagar o custo hospitalar da segunda IVG, pelo menos pensariam duas vezes", declarou Luís Graça.


"Em Inglaterra, a primeira interrupção é gratuita e a segunda é a pagar. Creio que isso ajudaria estas mulheres a perceber que isto tem um custo e que a disposição da sociedade para lhes pagar o direito a fazer um aborto tem limites", insiste Graça, ressalvando que o preço "teria que ser sempre mais baixo que o aborto na clandestinidade".


No HSM, duas em cada três mulheres não aparecem à consulta de planeamento familiar que, nos termos da lei, deve ocorrer no prazo de um mês após o aborto. "É a negligência pura e simples. Algumas mulheres não fazem anticoncepção e jogam na sorte, o que é muito triste para quem, como eu, se bateu muito por esta lei", lamenta.


Esta posição não é consensual. Admitindo que "algumas mulheres têm repetido o aborto", o director da Maternidade Alfredo da Costa, Jorge Branco, considera que tal não permite concluir que tenha havido negligência ao nível da contracepção. "Temos mulheres que repetem a interrupção mas não podemos deixar de a fazer, até porque a lei não limita o número de abortos por mulher", sublinha. De resto, para Branco, que coordena o Programa Nacional de Saúde Reprodutiva, limitar o número de abortos empurraria muitas mulheres de volta ao circuito clandestino. "Seria andar para trás. E a legalização da IVG surgiu precisamente para evitar situações que possam pôr em perigo a vida da mulher".


Porque os números divulgados pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) mostram que 433 mulheres que fizeram IVG em 2008 já tinham quatro abortos no seu historial, a Associação de Planeamento Familiar (APF) promete fazer um estudo sobre as razões que levam as mulheres a repetir abortos num curto espaço de tempo. "A ideia é apurar os contextos e as razões das gravidezes não planeadas e, a partir daí, desenvolver acções que previnam esses comportamentos de risco", adiantou Duarte Vilar, director executivo da APF.


Ligeiro aumento em 2009


Numa coisa os profissionais da saúde concordam: "Deixámos de ter nas urgências hospitalares as consequências do aborto clandestino. Praticamente já não fazemos corretagens e isso é um grande ganho em termos de saúde", sintetizou Luís Graça. "Num ano, quase 18 mil mulheres puderam interromper uma gravidez não desejada sem terem de se submeter à indignidade do aborto ilegal", reforça Duarte Vilar.


Quanto aos números, só em Agosto é que a Direcção-Geral de Saúde (DGS) deverá divulgar as estatísticas do aborto no primeiro semestre de 2009. Nas instituições contactadas pelo PÚBLICO, registou-se um ligeiro aumento. "É uma variação sazonal normal, inferior a cinco por cento", minimizou Luís Graça, para especificar que, a manter-se o ritmo actual, "isto significa que, no fim do ano, "o Santa Maria terá feito 525 abortos, em vez dos 500 do ano passado". Já na Maternidade Alfredo da Costa, nos primeiros cinco meses deste ano, tinham sido registadas mais 51 IVG do que no mesmo período de 2008. "Fizemos 765 e, no ano passado, tínhamos feito 714", adiantou Branco.


Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, continua a lamentar que a lei não seja acompanhada de um quadro de estruturas de apoio à mulher. "Algumas que chegam às nossas instituições desistem do aborto depois de ajudas tão simples como as que lhes dão a conhecer os apoios sociais existentes", exemplifica, considerando "escandaloso" que, dois anos depois, o Tribunal Constitucional continue sem se pronunciar quanto ao pedido de fiscalização sucessiva da lei. "Os 40 deputados pediam tão simplesmente que o tribunal dissesse se esta lei, da forma como está feita, protege o direito à vida como vem consagrado no artigo 26.º da Constituição".

O aborto em 2008


Quando a lei 16/2007, de 17 de Abril, entrou em vigor, as previsões dos especialistas apontavam para uma média de 20 mil abortos por ano. Em 2008, primeiro ano de vigência da lei, foram realizadas 17.511 IVG, das quais 9.492 em Lisboa e Vale do Tejo. Houve variações sazonais: em Janeiro, houve 1.610 e, em Dezembro, esse número tinha descido para 1.313. Do universo total, 244 mulheres fizeram fizeram duas IVG em 2008. Do mesmo modo, 2.659 mulheres declararam já ter feito um aborto ao longo da vida, enquanto 433 declararam ter feito mais de quatro. Quanto à idade, em 11.470 casos (65,5 por cento) as mulheres tinham entre 20 e 34 anos. A faixa etária dos 15-19 foi responsável por 11,7 por cento das IVG. Cerca de metade vivia em casal e as trabalhadoras não qualificadas surgiam à frente (20,7 por cento), enquanto as desempregadas e as estudantes perfaziam 15,8 e 15,5 por cento, respectivamente. Em termos de escolaridade, 31,6 por cento das mulheres tinham o ensino secundário e 24,8 por cento o básico.

Adolescentes - os novos hábitos de consumo


Certamente que quase toda a gente que frequenta habitualmente a internet já ouviu falar neste relatório feito por um miúdo de 15 anos, acerca dos hábitos de consumo, sobretudo de informação, música, televisão e cinema, de outros miúdos da sua idade.
O que mais me surpreende neste relatório foram as reacções que suscitou, a grande surpresa que os adultos tiveram com o dito neste.
Não me surpreende nada esta visão da comunicação e do mundo, até porque acredito que, em relação por exemplo aos jornais, aquilo que este adolescente afirmou ser hábitos desta faixa etária, certamente poderão ser vistos como prática em adultos, sobretudo os mais familiarizados com a internet. Qual a surpresa? Quem não conhece homens e mulheres de mais de 40 anos que o seu entertenimento não são as telenovelas da TVI mas intermináveis sessões de jogos da Playstation?! Quem não viu ainda a rede social do seu filho e surpreendeu por este ter mais de 400 "amigos" ligados, de todas as partes do mundo?!
Quem ainda acha que os CD's vendidos pela Fnac são comprados por adolescentes?!, claro que não, são gente mais velha, ou com mais posses, mas ainda assim uma franja muito limitada.
Não surpreende, a não ser pela surpresa causada. Isto quanto a mim revela que de facto no mundo e na sociedade existem vários mundo e várias sociedades, que tão perto estão, mas que se desconhecem cada vez mais, numa espiral de afastamento emocional.
No entanto isto pode ser apenas mais uma versão, desta vez batalhada num campo mais tecnológico, da velha guerra de gerações, sendo que o espaço entre as gerações que se rompem umas com as outras seja cada vez mais curto, percepção que tenho e que creio dever-se ao facto de também o mundo, em especial o das tecnologias, ou melhor as tecnologias do mundo, o fazerem mudar cada vez mais rápido, à mesma velocidade a que a velocidade da Internet aumenta por esse mesmo mundo.

Pedido de desculpas

Pela segunda vez A textura do Texto tem um interregno de actualizações. Por tal facto deixo aqui o meu pedido de desculpas, mas tal facto deve-se a estar a organizar uma candidatura autárquica à Freguesia de Agualva, o que me tem dado muito que fazer, tirando-me todo o tempo e energia que anteriormente era dedicado ao blogue.
Pelo que esta dificuldade nas actualizações se vai manter por mais algum tempo, sendo que na primeira quinzena de Agosto as férias serão totais, longe de tudo de telefones e computadores, descansar será a palavra de ordem, pelo que aí não haverá mesmo qualquer actualização do blogue.
Estou consciente que isto para um blogue pequeno e no início da sua afirmação é um grande golpe, mas são opções, pelo que a minha candidatura à freguesia, bem como as férias, estão agora no topo das minhas prioridades.
Espero que não abandonem a Textura, continuando sempre que desejarem a vir aqui procurando pelas actualizações.
A todos muito obrigado, mais uma vez fica o meu pedido de desculpas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ferreira Leite quer "transformações profundas" em consenso, mas concorda com medidas sociais do Governo

Este é o título de uma notícia de hoje do Público que só confirma o que, quer eu, quer o MMS, vimos dizendo acerca dos partidos tradicionais: que são todos iguais.
Não querendo voltar de novo a observações negativas acerca dos políticos dos partidos do costume - leia-se PS, PSD, PCP, PEV, CDS/PP e BE - a grande verdade que a arte de desmentir o dito anteriormente é comum a todos eles. Isso, para além de acarretar uma grande carga de descredibilidade para a actividade política, traduz a pouca consciência ou seriedade que os políticos assumem das suas palavras. Aqui só tenho a dizer que a culpa é dos próprios eleitores que perpetuam constantemente estas personalidades na ribalta da vida política.
Sendo assim resta apenas uma única alternativa: olhar para quem se propõe fazer uma política nova, seriamente transparente, sem os compromissos e os constrangimentos do passado.
Ainda hoje falei com alguém acerca da minha candidatura à junta de freguesia de Agualva, que me disse conhecer uma Advogada que se move nos meandros da política local, e que, reconhecendo a falta de qualidade do actual Presidente da Junta, Rui Castelhano, afirmava ser muito difícil de o vencer, porque está bem protegido por gradas figuras do PSD. Ora isto além de confirmar a minha perspectiva sobre o executivo da Junta de Freguesia de Agualva, também confirma as minhas palavras acerca dos eleitores, que provavelmente continuarão a votar (espero que não) num presidente de junta manifestamente mau, apenas pela manipulação partidária.
A constatação desta realidade deixa uma perspectiva muito negra, mas gostaria de acreditar numa possibilidade de que o eleitorado não entre em carneirismos e seja informado, procurando comparar programas. Claro que mesmo aí os partidos tradicionais pregam uma rasteira aos eleitores. Produzem programas extensíssimos, com o objectivo de que ninguém, nem mesmo eles, os conheça e por isso não lhes cobre a realização dos mesmos. Mas até aí é possível ser sério: produzir um programa eficaz e concreto, com medidas poucas e difíceis de desmontar, verdadeiramente importantes para as populações. É essa a prerrogativa do MMS e a minha na Agualva.

Governo vai limitar subida dos ‘spreads’ pela banca


Este é o título desta notícia do Diário Económico.
Por princípio não concordo com ingerências do Estado na economia, mas também por princípio demonstrado inquestionavelmente por esta crise os mercados não se regulam eficazmente por si só, pelo que por vezes é importantíssimo que o Estado se imponha, não num papel interventor, mas sim regulador. E creio sinceramente que esta matéria da limitação dos "spreads" é uma matéria de regulação, sendo crucial que, não inibindo a concorrência, se estabeleçam limites máximos para os "spreads".
Acho porém que a medida peca por limitada. Além desta medida, no mercado do crédito à habitação, e neste contexto particular de crise, impunham-se medidas extraordinárias. Medidas como uma revisão do cálculo das prestações de quem usufrui (ainda) de crédito bonificado, para que as prestações destes empréstimos não sejam agravadas, bem como voltar a atribuir crédito bonificado aos jovens, na compra de habitação. Ambas as medidas são medidas de apoio ao mercado, especificamente dirigidas a um sector crucial na nossa economia, a construção, sendo também uma forma de apoio às pequenas e médias empresas, ao mesmo tempo que estimula o consumo privado, que tanto necessita de ser reanimado. Claro que tais medidas não agradam a quem prefere anúncios de milhões, em programas onde depois são gastos tostões, dada a ineficácia dos mesmos, bem como a dificuldade de acesso que têm.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O exercício da política


Depois de ter olhado com tanta negritude para a política e para os políticos, há uma questão que parece gritantemente impor-se: afinal porquê fazer política, porquê estar na política, porquê querer ser "político"?
De toda a reflexão pessoal que fiz impõe-se apenas uma resumida conclusão: é apenas por uma questão de consciência.
Como? O que quero dizer com isso?
O meu interesse pela política já vem da minha adolescência, sem que disso tenha tirado qualquer consequência. Porém mais tarde, aos 19 anos de idade, tornei-me cristão evangélico. Do exercício da minha fé cristã, uma consciência social foi crescendo, quer em mim, quer no meu grupo de amigos. Dessa consciência social iniciei um período da minha vida em que dedicava todos os meus tempos livres às causas sociais, ligado sempre à igreja a que pertenci. O trabalho social foi crescendo, principalmente no apoio a toxicodependentes e suas famílias. Mas a envolvência com estas problemáticas sociais ainda nos fazia encarar e ver mais e mais necessidades, crescendo sempre dentro de mim e dentro de cada um desse grupo a que pertencia, a vontade e a urgência de intervir nessas outras problemáticas. Até que, desse crescimento, formámos uma instituição particular de solidariedade social, da qual fui eleito secretário da direcção. Iniciámos uma batalha, conseguimos alguns apoios, mas na hora h, outros que nos acompanhavam, não conseguiram encarar a urgência das necessidades e travaram o rápido avanço da obra, levando a uma dispersão desse grupo mais empenhado, chegando mesmo a desfazer-se mais tarde todo o trabalho até aí desenvolvido. No entanto a consciência ficou.
Ficou a consciência do próximo, das suas necessidades, das dificuldades encontradas em ajudar outros, na forma como o Estado engole tudo e não deixa nada, da forma como nós somos difíceis de mobilizar para uma causa, da dificuldade que existe na mudança de mentalidades. Ficou essa consciência.
Esta evoluiu, amadureceu e daqui surgiu a necessidade de me realizar pessoalmente na ajuda ao outro, ao próximo, ao cidadão. Como voltar para o trabalho social era algo que estava fora de questão, por motivos pessoais, a política, com o gosto pessoal que já tinha por esta, surgiu como a saída óbvia.
E é assim e só assim que entendo o exercício da política, como o serviço prestado à comunidade, seja local, regional ou nacional, procurando buscar sempre, não o proveito próprio ou do partido, mas sim o proveito do próximo, da melhoria da qualidade de vida de todos.
Bem sei que não é assim que a maioria dos políticos vê a política, mas apenas respondo por mim. E acredito que no meu partido a maior parte das pessoas estão nesse espírito, concerteza que com motivações, com histórias pessoais diferentes. Até porque quem procura projecção pessoal, viver e servir-se da política não se filia num pequeno e recém-criado partido, alia-se aos grandes e tradicionais que mais depressa garantirão o respectivo lugar desejado.

O BdP, o BPN, o PSD e o PS


Se durante muito tempo o BPN foi conotado como sendo o "banco do PSD", onde gradas figuras investiram ou estiveram mesmo nos quadros do banco, durante a comissão parlamentar este parecia sim ser o "banco do PS". Acontece que o branqueamento produzido na comissão parlamentar, via relatório final, incomodou até o último Presidente do banco antes da nacionalização: Miguel Cadilhe - que, numa entrevista ao Diário Económico, afirma ter "morrido na praia" a comissão parlamentar de inquérito. A verdade é que o PS pouco importado estava com o banco ou com o PSD, demonstrou até estar pouco preocupado com o interesse nacional. A grande preocupação do PS nesta comissão de inquérito foi proteger um dos seus, foi esconder a incompetência de um dos seus, a incompetência de Vítor Constâncio.
O ministro Teixeira dos Santos acusou a oposição de apenas procurar caçar VC, mas a verdade é que, independentemente das conjecturas político-partidárias da questão, houve falhas graves de supervisão que deveriam ser corrigidas, quer pela via legal, quer pelo reforço de meios do BdP. Mas nada disso foi olhado de frente. O reconhecimento tímido de alguns erros, não levou, nem levará, ao reconhecimento dos defeitos mais profundos do sistema de supervisão. De quem é a culpa? Claramente do PS, que na sua ânsia de proteger a bem paga cabeça de Constâncio, procurando não dar razão à oposição, pouco ou nada cogitou acerca do interesse nacional. Este gritava a plenos pulmões uma necessidade imediata de uma profunda mudança do sistema de supervisão, o que se impõe.
Desta forma, com estas conclusões, completamente manchadas da lama do interesse partidário, tudo fica na mesma, abrindo-se portas para que outros BPN's surjam no futuro do sistema financeiro nacional.

BE: Louçã e Chora


Ainda que para alguns isto seja estranho efectivamente de estranho nada tem. Acontece que o ilustre António Chora tem uma agenda pessoal muito própria, que não se coaduna, nem tão pouco tem em conta, quer os interesses dos trabalhadores, quer, pelos vistos, os interesses do BE. Mas eu não sei se estas declarações elogiosas de Chora a Manuel Pinho não são um qualquer namoro deste ao PS, porque consta, segundo fontes ligadas ao processo, que António Chora foi afastado das listas do BE para as próximas legislativas, devido às medidas manifestamente lesivas do interesse dos trabalhadores da AE que tem defendido. É que no interior da CT e da própria fábrica há mais pessoas com interesses e influência dentro do BE que têm sido frontalmente contra o caminho e as opções de António Chora. Aliás o clima de intimidação e de falta de liberdade de expressão dentro da empresa está atingir um nível preocupante, que apenas por poder piorar a situação não desmonto aqui mais, sem que o ilustre Chora diga uma palavra acerca do assunto.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A (in)dignidade dos políticos


Gosto de pensar em mim como uma pessoa interessada em política, aliás desde que me tornei militante do MMS, comecei mesmo a desenvolver actividade política com alguma intensidade, pelo que por vezes penso mesmo que sou um político. Em pequeníssima escala, a um nível muito inferior, mas político. Porém quando penso nisso sinto-me como se me estivesse a chamar a mim mesmo um palavrão feio, algo muito pouco próprio de se chamar a alguém. Ser político hoje em dia não é sinal de prestígio, de despego pessoal em prol da causa pública, é sim tomado com desconfiança, a pessoa é vista com estranheza, como estando à procura de um tacho e imediatamente se torna mal vista. Na verdade a política tornou-se numa actividade de gente pouco séria, ou pelo menos de gente que tem fama de ser pouco séria. Mas os políticos não podem culpar mais ninguém senão a eles próprios.
Recentemente durante o debate parlamentar mais importante do ano, aquele que serviria supostamente para analisar o país após mais um ano de exercício governativo, o debate do Estado da Nação, este ficou marcado pelo gesto inqualificável de um inqualificável ministro, que nesse mesmo dia foi demitido, ou, na versão oficial, demitiu-se. Acontece que a atitude do ministro foi o reflexo de todo um debate. Este debate foi tenso, encharcado de acusações viscosas e pouco construtivas, sobretudo de índole pessoal. É verdade que me irrita um pouco aqueles debates com lencinho branco e pó de talco, em que não se chama uma mentira a uma mentira, esta torna-se eufemisticamente numa inverdade, nem tão pouco suporto debates de ideias em que toda a gente educadamente desmente o outro para depois dizer exactamente o mesmo mas por outras palavras. Estes eram os debates que dominavam a política portuguesa até há alguns anos atrás. Eu gosto de debates garridos e aguerridos, onde se chamam os bois pelos nomes, mas gosto de debates onde se discutam assuntos, onde uma mentira é uma mentira, mas não um onde, sem grande base factual, os deputados se limitam a chamar mentirosos uns aos outros, carregadinhos de nervos, onde por isso debate de ideias, de propostas, escrutínio da governação, entre outras funções que o debate parlamentar tem, não existe. Os políticos têm com isso tornado a sua imagem cada vez mais degradada. Eu bem sei que o Primeiro-Ministro José Sócrates é um dos grandes responsáveis por este estado de coisas, quando durante quatro anos de debates quinzenais no parlamento nunca respondeu directamente a nenhuma pergunta que a oposição parlamentar lhe fez. Este exercício não é inédito, mas nunca a este ponto. Esta foi a legislatura em que mais vezes o Primeiro Ministro esteve no parlamento, mas também foi a legislatura onde o nível do debate parlamentar desceu mais e sobretudo a sua importância para o país. E este facto não é reflexo de nenhuma banalização devida à frequência do debate, tem sim a ver com o facto de o debate nunca o ser verdadeiramente, pois a perguntas não respondidas restam as respostas que cada um lhes quer dar, o que de democrático e relevante nada tem.
Continuando na senda da pouca dignidade do exercício da política temos a medida requentada que o PS foi buscar ao PSD, anunciando a proibição de duplas candidaturas às legislativas e às autárquicas. Torna-se evidente que o Partido Socialista não toma esta atitude por convicção, pois se assim fosse teria feito o anúncio antes das europeias, impossibilitando desde logo a dupla candidatura europeia-autárquica de Elisa Ferreira no Porto e de Ana Gomes em Sintra. O mau resultado nas primeiras eleições do ano certamente levou a esta atitude. Claro que certas vozes dentro do PS, como Manuel Alegre, imediatamente se levantaram a solicitar essa retroactividade nas candidaturas anunciadas, solicitando a ambas as senhoras que renunciem ou ao mandato de eurodeputadas ou às candidaturas autárquicas. Seria talvez um exercício de decência política, mas já viria tarde, pois apenas reforçaria sempre a ideia, que esta tardia medida por si só já deixa, de que no PS de Sócrates tudo se move apenas e só pela imagem, pela aparência e muito pouco ou nada mesmo pelo conteúdo, pelas convicções. O que revela apenas um grande apego ao poder e uma incessante e insaciável sede de perpetuação no poder pelo poder. Daqui a imagem geral dos políticos decai ainda mais, logo também a dignidade do exercício da política.
Continuando por aí a observar das indignidades políticas e dos políticos, hoje veio a público mais uma exibição desta despudorada manipulação governamental, mas desta vez evidenciando uma profunda falta de sentido de estado e logo num dos sectores nevrálgicos do desenvolvimento do país: a Educação - os resultados dos exames nacionais do 12º ano. O ministério não assume qualquer culpa, não faz qualquer auto-crítica, culpando sim a comunicação social de divulgar um facilitismo nos exames, no qual os alunos acreditaram, logo não se esforçaram tanto na preparação para o exame. Onde estamos a chegar. O ponto de baixeza no exercício da política em Portugal é tal que um ministério da educação se acha no direito de, melhorando os resultados recolher os louros para si, piorando lança as culpas nos outros. É preocupante. Entende-se assim cada vez mais o desencanto, a decepção e o desinteresse dos portugueses pela política: isto é baixeza de carácter.
Mas muitos mais exemplos de indignidade na política portuguesa existem. O pior, como este exemplo que se segue, o da Fundação para as Comunicações Móveis, onde é mesmo o desleixo, ou melhor a desconsideração, com que se tratam os dinheiros públicos, envolvendo negócios pouco claros, situações dúbias, zonas cinzentas, enfim tudo aquilo que a política não deve ter.
É um diagnóstico negro este que faço sobre a dignidade da política e dos políticos, sobre a dignidade ou não de se chamar alguém de político.
Mas infelizmente a política está reduzida a isto, a grupos pouco claros que entre si lutam, não pelo interesse nacional, mas pelo seu próprio interesse. Os partidos políticos não procuram o desenvolvimento do país, nem tão pouco a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, apenas procuram a melhor forma de se perpetuarem no poder, ou, como no caso dos mais pequenos, de se poderem continuar a alimentar à mesa do orçamento de estado. É isto a política em Portugal.
Mas tem de haver esperança, pelo que devemos, pelo que absolutamente necessitamos de mudar Portugal. Mas não uso aqui a palavra mudar num sentido cosmético, para mascarar um mofo e uma falta de ideias latente, que uma palavra bonita e apelativa anseia-se que disfarce. Utilizo a palavra mudar como um verbo, um verbo de acção, de acção concreta e corajosa, propondo ideias que, novas ou não, se propõe com acuidade e com desejo e intento concreto de aplicar, de efectivar, de concretizar, rompendo assim com a prática imóvel e ignóbil dos partidos tradicionais, que têm o seu assento no parlamento.
Mudar Portugal.
Este é um verdadeiro desígnio, e é verdade que a revolução inteligente proposta pelo Movimento Mérito e Sociedade é de difícil implementação, até porque implica uma profunda mudança de mentalidades, que é a mudança mais difícil e demorada de fazer. Mas acredito que com a catadupa de exemplos da degradação da condição, da prática da política, esta urgência de mudança seja sentida por cada vez mais pessoas, servindo de catalisador desta imperiosa mudança de mentalidades, reduzindo assim em muito o tempo expectável para a concretização dessa mesma revolução.

Que fantástico Ministério da Educação


A equipa do Ministério da Educação começa realmente a cansar, senão mesmo a irritar.

Hoje foram divulgados os resultados dos exames de matemática do 12º Ano. Surpresa das surpresas os resultados pioraram: a média baixou de 12,5 para 10 valores, havendo também um número maior de reprovações, tendo duplicado a taxa das mesmas.
Onde está a parte irritante é aqui: a equipa do Ministério da Educação culpa a comunicação social por esta piora nos resultados. Pois é isso mesmo, segundo esta notícia do Público, o Ministério diz que de tanto a comunicação social dizer que os exames estão mais fáceis, os alunos fizeram "menos investimento, menos trabalho e menos estudo".
Compreendo a revolta do ministério, pois após tanto investimento na imagem de que a Educação estava a melhorar, com facilitismo nos exames à mistura, tudo foi por água abaixo. Isto demonstra toda a falsidade e política da aparência, pois se os resultados tivessem melhorado os louros seriam da política governativa, como pioraram a culpa é dos outros. Da comunicação social que andou a espalhar a mentira da facilidade dos exames e dos alunos que acreditaram, mas nunca, nunca é do ministério e da sua miserável política educativa: tenham vergonha senhores.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pinho: RUA



Foi tarde, é tudo o que tenho para dizer, é que foi tarde, muito tarde: principalmente numa altura de crise económica o país precisava e merecia um ministro da economia à altura do desafio, mas tinha um ministro bem medíocre, até para alturas de abundância.

Adeus Pinho, foi pena teres durado tanto.


O ministro das Finanças é agora o super ministro, pois vai acumular as Finanças com a Economia até às legislativas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Manuel Pinho, impagável

O ministro Manuel Pinho, em mais um dos seus acessos de boçalidade (perdoem-me a força do adjectivo mas não me surge outro), numa entrevista dada hoje à SIC, ilustrou aquilo que Ferreira Leite afirmara - em que rasgaria a política económica deste governo - rasgando uma folhinha A4 onde a amarelo estavam os programas lançados por este governo no apoio às pequenas e médias empresas. A acção além de triste, só nos deixa a sonhar, porque com os resultados que esses programas têm tido, todos sonhamos com o momento em que alguém faça isso com eficácia prática. A impressão deixada foi de que Pinho estava a limpar a nódoa que ele próprio, entre outros, criara.
Aliás o próprio António Costa hoje falou nas nódoas do ministério das obras públicas (o célebre Mário Lino), podendo essa distinção ser estendida ao ministro Pinho (o outro da célebre dupla de que Hugo Chavéz tanto gosta Pino e Lino).
De nódoa em nódoa até à nódoa final, perderem as eleições, este é um bom caminho, que nem a PT e a campanha de Granadeiro contra MFL, consegue disfarçar.

O fim da crise

Há uns anos atrás um ministro das finanças de um governo PSD ficou célebre por elaborar uma inovadora teoria económica acerca de Portugal, a teoria do Oásis. Braga de Macedo nunca mais se livro de ser o ministro do Oásis, uma teoria manifestamente contrariada pela realidade.
Ora o PS, como não gosta nem por nada de ficar atrás do PSD, encontrou um também brilhante ministro das finanças, neste caso Teixeira dos Santos, que postulou uma teoria semelhante e igualmente desmentida pela realidade, a teoria do Fim da Crise.
Tal como rimos de Braga de Macedo, rimos agora de Teixeira dos Santos, ao melhor nível de Manuel Pinho (sim aquele que decretou o fim da crise antes desta começar).

O PSD a copiar o MMS (III)

Fui alertado por algumas pessoas do MMS que não nos podemos arrogar de ter tido a ideia de unificar as forças policiais, pois esta já é discutida quase desde a queda do regime monárquico (?!), pelo que um pouco de humildade não ficaria mal.
O que acontece é que, e foi isso que estas pessoas não entenderam e motivou este texto, é que desde o 25 de Abril, as forças políticas não debatem a sério este tema, nem tão pouco apresentam um plano concreto para o fazer. O MMS -lo quase desde a sua génese, desde a ideia inicial do Prof. Eduardo Correia, quando escreveu o Manifesto Mérito e Sociedade.
Além disso existe hoje em dia uma prática habitual entre os partidos maiores do nosso sistema político de sondar esse mercado e procurar ideias novas, que possam aplicar nos seus programas, mesmo roubando aos outros. Isso confere-lhes alguma frescura de ideias e permite-lhes secar o terreno à sua volta para que mais ninguém possa surgir e contestar a hegemonia dessas mesmas forças políticas. E é esta consciência que me leva a dizer que o PSD está a imitar o PSD, porque em 35 anos de democracia o PSD nunca se lembrou de tal ideia e agora, após o MMS ter divulgado a mesmo o PSD está a pensar no assunto, com reacções bastante positivas por parte das entidades indicais e sócio-profissionais das forças de segurança.
É pena que o MMS tenha para sempre perdido esta bandeira, porque não tendo ido junto dessas forças em tempo apresentar a ideia, e, não alertando agora para o facto de a ideia ter surgido no MMS, nunca ninguém vai acreditar que defendemos sempre isto, vai ser sempre o MMS a querer imitar o PSD, o que é uma desolação e assim, assim dificilmente vamos longe.

O PSD a copiar o MMS (II)


Notícia de hoje do Público:

Hipótese de polícia única avançada pelo PSD divide os representantes das diversas forças
01.07.2009, José Bento Amaro
Medida colhe a simpatia
de alguns sindicatos da PSP e GNR, mas não agrada a PJ, advogados e MP
O PSD não exclui a hipótese de analisar a hipótese da unificação das polícias portuguesas. O tema é recorrente e agrada a alguns sindicatos da PSP e GNR, as duas forças de segurança mais numerosas. A PJ, a Ordem dos Advogados e os magistrados do Ministério Público entendem que a haver unificação, esta deverá ser apenas entre a PSP e a GNR, de modo a promover a rentabilização de meios e pessoal. Juntar todas as polícias num só ministério obrigava a fazer reajustamentos financeiros de milhões de euros e trazia à baila a questão da liderança. Quem mandaria? A Administração Interna ou a Justiça? O tema da unificação foi aflorado ontem, durante uma reunião do PSD e representantes das diversas forças de segurança nacionais. O vice-presidente dos sociais-democratas, José Pedro Aguiar Branco, anunciou que o seu partido está disposto a analisar uma eventual junção. Esta medida foi, entretanto, saudada pelo Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) da PSP e pela Associação dos Profissionais da Guarda (APG) da GNR. Os presidentes destas duas estruturas disseram defender desde jáque uma futura polícia unificada deve ficar na dependência do Ministério da Administração Interna. "Evitava-se a sobreposição de tarefas", diz o presidente do SPP, António Ramos. "Aumentava-se a eficácia e a funcionalidade", refere José Manageiro, presidente da APG. Estas foram, de resto, as duas vozes que mais defenderam a unificação. Para Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), o maior sindicato da PSP, a ocasião "não é a ideal para se discutir a junção das polícias". "O que entendemos é que qualquer mudança que se faça nas forças policiais não deve ser feita com o intuito de poupar dinheiro, mas sim no interesse da segurança dos cidadãos", acrescentou. Satisfeito com o resultado da reunião estava o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ. Carlos Anjos entende que as opiniões expressas vão no sentido de reforçar as actuais competências da PJ e manifesta o desejo de que a PSP e a GNR continuem a ganhar autonomia na investigação da pequena criminalidade. 50.000 é o número aproximado de polícias que estão nos quadros da PSP, GNR e PJ.

Volto a dizer que esta medida já há muito que é defendida pelo MMS, mais concretamente a unificação de todas as instituições policiais em duas apenas, uma Polícia Civil e uma Polícia Criminal. Simplificar, reduzir cúpulas, agilizar a investigação e a partilha de informações, erc, etc. Uma série de vantagens. Mais uma vez volto a dizer que veja-se onde estão as boas ideias e quem será por isso mais capaz de governar bem este país.

O PSD a copiar o MMS

É sempre bom quando os outros reconhecem a qualidade das nossas ideias, das nossas propostas. É muito importante porém, é mesmo de bom tom, demonstração de boa educação que, quando repetimos uma ideia de outra pessoa, referir de quem é essa ideia, apontar o seu autor.
Ora é notório que, apesar da partidocracia, dominada no nosso país pelo PS e pelo PSD, esses mesmos países estão a ficar esgotados. Como tal parece que começaram uma pesquisa nas ideias de outros, numa tentativa de mostrarem frescura e secarem o mercado político à sua volta.
No MMS já não é a primeira vez que se nota uma similaridade nas propostas e afirmações de líderes de grandes partidos.
Mas hoje, perante esta notícia de ontem, onde se afirma que o PSD vai estudar uma proposta para a unificação das forças policiais, essa certeza reforçou-se. Ainda bem que o PSD concorda connosco, mas mais uma vez o mais pequeno vai sair abafado. E não vale a pena afirmarem que o MMS se está a por em bicos de pés, que quer ser mais do que é: já no manifesto do partido (página 24) esta proposta estava consignada, sendo de novo levantada como uma medida proposta pelo partido na moção aprovada no I Congresso Nacional do MMS, "Soluções para Portugal" (página 14).
Por aqui os nossos cidadãos e eleitores deveriam reconhecer onde está realmente quem tem a capacidade, as propostas e a capacidade de mudar Portugal... mas de mudar efectivamente, de mudar para melhor.

Só pode ser brincadeira




O Presidente de uma empresa, onde o Estado tem uma golden share, em debate político em público com a líder do maior partido da oposição, em ano de eleições legislativas: só pode ser brincadeira.