quinta-feira, 9 de julho de 2009

Governo vai limitar subida dos ‘spreads’ pela banca


Este é o título desta notícia do Diário Económico.
Por princípio não concordo com ingerências do Estado na economia, mas também por princípio demonstrado inquestionavelmente por esta crise os mercados não se regulam eficazmente por si só, pelo que por vezes é importantíssimo que o Estado se imponha, não num papel interventor, mas sim regulador. E creio sinceramente que esta matéria da limitação dos "spreads" é uma matéria de regulação, sendo crucial que, não inibindo a concorrência, se estabeleçam limites máximos para os "spreads".
Acho porém que a medida peca por limitada. Além desta medida, no mercado do crédito à habitação, e neste contexto particular de crise, impunham-se medidas extraordinárias. Medidas como uma revisão do cálculo das prestações de quem usufrui (ainda) de crédito bonificado, para que as prestações destes empréstimos não sejam agravadas, bem como voltar a atribuir crédito bonificado aos jovens, na compra de habitação. Ambas as medidas são medidas de apoio ao mercado, especificamente dirigidas a um sector crucial na nossa economia, a construção, sendo também uma forma de apoio às pequenas e médias empresas, ao mesmo tempo que estimula o consumo privado, que tanto necessita de ser reanimado. Claro que tais medidas não agradam a quem prefere anúncios de milhões, em programas onde depois são gastos tostões, dada a ineficácia dos mesmos, bem como a dificuldade de acesso que têm.

1 comentário:

  1. A sua reflexão é inteiramente oportuna e espelha um pouco os dilemas que o Estado enfrenta nos dias que correm.
    Dilemas esses que urgem a que se encontre um novo paradigma ou se retorne a conceitos anteriormente vigentes à onda de neo-liberalismo (seja isso o que for) que conduziu a um apetite voraz e desregulado do mercado.

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