Já tive um período de quebra nos escritos aqui na textura, de tal forma que ponderei em acabar o blogue. Depois lá decidi retomar a coisa.
Esta é uma actividade muito interessante, porém, bastante desgastante, principalmente para uma pessoa como eu que, ou faz ou não faz, é tudo à bruta e que segue o ímpeto instantâneo de ter de comentar aquilo que leu ou que viu, como quem tem a necessidade imperiosa de despejar uma vontade.
Mas o desgaste tem sido muito, o tempo tem sido pouco e o meu computador não tem ajudado, pois está às portas da morte e a disponibilidade de "tempo" para outro não é muita. Por vezes a raiva que sinto contra o pobre aparelho por este demorar uma verdadeira eternidade a mudar de separador, por exemplo, raia a loucura e o ímpeto de lhe dar uma carícias é muito forte.
Aliado a tudo isto está a desinteressante vida política portuguesa. Melhor, a vida política e a política em si são muito interessantes, mas ando a ficar um pouco enjoado de ver cenas indignas de políticos como o nosso Primeiro-Ministro, que é uma das maiores vergonhas deste país, um dos piores produtos políticos mais podres que este país já produziu, sem que hajam consequências, tudo mansamente é assobiado para o ar. Isto tem-me sido motivo de profunda insatisfação e frustração. Não é razão para desistir da vida política, ou se preferirem, da vidinha política, até porque continuo a querer participar numa urgente mudança, a primeiro das mentalidades, desaguando numa mudança real de política e de sistema político. Continuo a querer lutar por ela, o frustrante para mim tem sido falar muito sobre isso, escrever aqui muito sobre isso, mas fazer pouco, muito pouco por isso.
E isso irrita-me, faz-me mal, frustra-me, irrequieta-me, incomoda-me, chateia-me, aborrece-me, enfim torna-se mais um, fardo do que um prazer escrever e falar sobre as coisas sem porém fazer nada por isso, para isso.
Daí estar de novo desmotivado com a escrita na textura, daí os poucos posts que por aqui têm aparecido, daí de novo ter surgido a vontade de acabar com isto.
Vamos ver.
Vou-lhe dar uns dias de descanso e logo se vê.
Olá Sérgio,
ResponderEliminarDe facto posso dar-lhe razão sobre as causas da sua desmotivação, mas quero que saiba que venho aqui ler muita coisa do que escreve e gosto da sua forma de expôr as questões, embora não comente, portanto vou sentir a sua falta.
Não desapareça de vez, apareça de vez enquanto!...
Um abraço,
Manuela