Este é o título desta notícia do Expresso, onde se fala da alta taxa de reincidência de um dos mais hediondos e odiosos crimes que se podem cometer: a pedofilia.
Na notícia fala-se da França, onde se está a estudar a introdução da castração química, aliado a uma psicoterapia, para a qual se deverá conceber uma infra-estrutura própria.
No mesmo texto fala-se também do Reino Unido, onde um pai, como eu, pode ir à polícia e perguntar se o professor, o contínuo, ou outra pessoa que lide com um dos seus filhos, foi alguma vez condenado, ou apenas suspeito, de ter cometido abuso sexual de menores.
Estas medidas extraordinárias que se têm tomado em vários países por esse mundo fora, na intenção clara de proteger as crianças, mesmo diante de apenas suspeitas, o que pode constituir uma enorme devassa de vidas que podem ser inocentes. Mas ainda assim, essas sociedades preferiram isso como forma de protegerem as suas crianças. Estas medidas têm-se justificado também devido à elevadíssima taxa de reincidência destes criminosos, que ronda, de acordo com vários estudos internacionais, entre os 80% e os 90%.
Claro que em Portugal os especialistas são sempre melhores do que no resto do mundo, as medidas mais fortes e musculadas nunca são tomadas, pois efectivamente, como acontece em muitos outros crimes, a perspectiva da vítima é sempre desvalorizada.
Quando se procuram alternativas que concedam mais segurança às crianças, em relação a estes crimes e criminosos, no nosso país os "especialistas" continuam a dizer que a solução é solução nenhuma. Ou seja, o "especialista" ouvido pelo Expresso, autor de um livro sobre o assunto, diz que a melhor alternativa para tratar os pedófilos será a psicoterapia, eventualmente acompanhada por psicofármacos.
Deixo porém a pergunta, e uma pergunta que muito me inquieta enquanto pai de duas crianças pequenas: não seria preferível que um pedófilo liberto, após cumprir a sua pena de prisão, seja preventivamente castrado quimicamente - ou para quem não gosta da expressão, seja tratado com psicofármacos que inibem a libido e o apetite sexual - protegendo primeiramente as crianças, naquilo que é possível, ainda que não seja absoluto, encaminhando-os para uma psicoterapia que resolva definitivamente o problema - que cure - podendo-se na altura retirar esses medicamentos, em vez de permitir que saiam (das prisões) com todas as suas pulsões, que depois serão tratadas com psicoterapia, ainda que esta já se tenha iniciado na prisão?
Ou será que este especialista não sabe que a psicoterapia só resulta se o doente aderir à mesma, não havendo qualquer garantia da vontade do criminoso em se tratar, enquanto a castração química já confere, à partida, algum grau de protecção?
É por isso que defendo a castração química dos pedófilos, por uma questão de prevenção e redução dos riscos de reincidência, o que, ainda que não seja a cura, que deve ser a meta, é já alguma protecção que as crianças merecem, enquanto potenciais vítimas.
Por isso quando o MMS apresentou tal medida eu aderi de imediato a esta, compreendendo as polémicas, até porque tendo um psicólogo clínico na família, e este de imediato me alertou para o facto de não resolver o problema. Ainda assim prefiro alguma protecção a protecção nenhuma, que é efectivamente a situação actual.
O MMS só falhou por não ter promovido, ou provocado por si só, um profundo debate sobre esta matéria, e sobre a pedofilia em si, que a nossa sociedade já necessita.
Na notícia fala-se da França, onde se está a estudar a introdução da castração química, aliado a uma psicoterapia, para a qual se deverá conceber uma infra-estrutura própria.
No mesmo texto fala-se também do Reino Unido, onde um pai, como eu, pode ir à polícia e perguntar se o professor, o contínuo, ou outra pessoa que lide com um dos seus filhos, foi alguma vez condenado, ou apenas suspeito, de ter cometido abuso sexual de menores.
Estas medidas extraordinárias que se têm tomado em vários países por esse mundo fora, na intenção clara de proteger as crianças, mesmo diante de apenas suspeitas, o que pode constituir uma enorme devassa de vidas que podem ser inocentes. Mas ainda assim, essas sociedades preferiram isso como forma de protegerem as suas crianças. Estas medidas têm-se justificado também devido à elevadíssima taxa de reincidência destes criminosos, que ronda, de acordo com vários estudos internacionais, entre os 80% e os 90%.
Claro que em Portugal os especialistas são sempre melhores do que no resto do mundo, as medidas mais fortes e musculadas nunca são tomadas, pois efectivamente, como acontece em muitos outros crimes, a perspectiva da vítima é sempre desvalorizada.
Quando se procuram alternativas que concedam mais segurança às crianças, em relação a estes crimes e criminosos, no nosso país os "especialistas" continuam a dizer que a solução é solução nenhuma. Ou seja, o "especialista" ouvido pelo Expresso, autor de um livro sobre o assunto, diz que a melhor alternativa para tratar os pedófilos será a psicoterapia, eventualmente acompanhada por psicofármacos.
Deixo porém a pergunta, e uma pergunta que muito me inquieta enquanto pai de duas crianças pequenas: não seria preferível que um pedófilo liberto, após cumprir a sua pena de prisão, seja preventivamente castrado quimicamente - ou para quem não gosta da expressão, seja tratado com psicofármacos que inibem a libido e o apetite sexual - protegendo primeiramente as crianças, naquilo que é possível, ainda que não seja absoluto, encaminhando-os para uma psicoterapia que resolva definitivamente o problema - que cure - podendo-se na altura retirar esses medicamentos, em vez de permitir que saiam (das prisões) com todas as suas pulsões, que depois serão tratadas com psicoterapia, ainda que esta já se tenha iniciado na prisão?
Ou será que este especialista não sabe que a psicoterapia só resulta se o doente aderir à mesma, não havendo qualquer garantia da vontade do criminoso em se tratar, enquanto a castração química já confere, à partida, algum grau de protecção?
É por isso que defendo a castração química dos pedófilos, por uma questão de prevenção e redução dos riscos de reincidência, o que, ainda que não seja a cura, que deve ser a meta, é já alguma protecção que as crianças merecem, enquanto potenciais vítimas.
Por isso quando o MMS apresentou tal medida eu aderi de imediato a esta, compreendendo as polémicas, até porque tendo um psicólogo clínico na família, e este de imediato me alertou para o facto de não resolver o problema. Ainda assim prefiro alguma protecção a protecção nenhuma, que é efectivamente a situação actual.
O MMS só falhou por não ter promovido, ou provocado por si só, um profundo debate sobre esta matéria, e sobre a pedofilia em si, que a nossa sociedade já necessita.
Olá Sérgio,
ResponderEliminarComento pela primeira vez no teu blog, porque o assunto deste teu post alem de muito pertinente diz directamente respeito ao "nosso" MMS.
A medida em si, nada me espanta ou sequer me causa qualquer tipo de constrangimento porquanto a mesma é inclusivamente sugerida e pedida por alguns pedófilos nos EUA, por forma a poderem recuperar a sua liberdade, uma vez que se encontram presos e sabem que no dia em que voltarem á liberdade irão voltar a cometer o mesmo tipo de crime, pois faz parte da sua indole.
Acontece que os EUA, são os EUA, a Europa é a Europa e Portugal é Portugal. O que é que isto quer dizer?
É que o grau de informação do português médio sobre estes assuntos é substancialmente inferior ao de um francês, inglês ou alemão, que vivem em democracias abertas e não controladas há muitos anos. Ora como sabemos a nossa alem de jovem, não é aberta nem livre, e o controlo da informação distribuida ao povo é significativo.
É este "gap" entre a realidade francesa, inglesa, suiça ou alemã e a portuguesa, que faz com que este assunto, tenha sido colocado na ribalta pelo MMS, a meu ver, cedo demais.
Se acrescentarmos a isto que haviam outros temas bem mais prioritários nas cogitações das mentes lusitanas, como a massiva deslocalização de empresas, e o consequente desemprego, ou a canibalização fiscal a que assistimos por parte do estado ás PME´s, e aos particulares de médio e elevado rendimento, facilmente percebemos o quanto as pessoas, não estavam ( nem estão ) preocupadas com a castração quimica de algumas centenas de tarados ( serão milhares? duvido).
Por isso e pese embora a medida em si, não me traga nada de mais, considerei-a e considero-a inoportuna, deslocada no tempo, e com pouco impacto mediático, tendo em conta o momento e o alcance que o MMS, pretendia. Em suma um ERRO CRASSO. Eu poderia-lo ter cometido? Claro que poderia. Mas não seria a mesma coisa..
Quanto aos pedófilos e tendo em conta as várias experiencias da justiça portuguesa, é natural que algumas pessoas se venham a sentir cada vez mais tentadas a fazer justiça pelas próprias mãos. Nesse caso não á castração quimica que lhes valha.
Um abraço