sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Novo governo


Encontro-me entre aqueles que se viram surpreendidos pela constituição do novo governo do PS. Confesso que esperava um governo mais político, pronto para um combate intenso, visando um horizonte temporal de dois anos, até novas eleições, onde o PS procuraria atingir nova maioria absoluta. Isso não aconteceu e o equilíbrio entre políticos e técnicos manteve-se, com o núcleo duro do governo anterior a sair incólume, talvez à excepção de Santos Silva que foi corrido para cima.
Não espero grandes coisas deste governo, como não esperaria grandes coisas se o governo fosse do PSD. Nada muda. Afinal os dois partidos são mais semelhantes do que opostos, têm mais pontos de contacto do que divergências, por muito que me custe constatar tal facto. Efectivamente nada de novo veio com estas eleições legislativas, tudo vai continuar na mesma. O português é especialista em reclamar mas depois em deixa tudo na mesma, quer que tudo mude menos ele. E assim só temos os governos, os partidos e o país que merecemos.
Urge a necessidade de uma mudança, que começa nas mentes, nas mentalidades dos portugueses, mas isso exige coragem. Exige a coragem de pensar, a coragem de nos colocarmos a nós mesmos em causa, a coragem de querermos apostar noutras pessoas, enfim exige a coragem da confiança, coisa a que o português é muito poupado.
E há um velho ditado que diz que quem não fia não é de fiar...

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