sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Aminatu Haidar já está de volta a casa para “primeiro, beijar a mãe e os filhos”


Este é o título do artigo do Público onde se relata o regresso da activista, mas que protestou apensas como mãe de família, contra o facto de o governo marroquino a ter expulsado da sua própria casa.
Mas o que me motiva a escrever este artigo é o facto de ontem o Parlamento Europeu ter, por maioria, recusado aprovar uma declaração onde se criticava a atitude repressiva do governo marroquino. Os líderes dos maiores partidos - quer dos Socialistas, quer dos Populares - recusaram essa declaração por terem indicação de que este regresso, que agora se confirma, estaria por um fio, podendo tal declaração comprometer, ou pelo menos dificultar a diplomacia.
Efectivamente o PE agiu de forma responsável, contra a indignação dos eurodeputados, pasme-se, comunistas e bloquistas, de entre os quais se destaca o eurodeputado do BE Rui Tavares, que em declarações à TSF afirmou ser uma vergonha o facto da dita declaração ter sido recusada, afirmando que era a própria credibilidade do PE que estava em causa. É de facto uma vergonha é que estes senhores do Bloco de Esquerda continuem, na Europa como em Portugal, na senda da irresponsabilidade política e da demagogia ligeira, dando lugar a uma política de baixa qualidade, mais decidida a desmontar uma sociedade, vil em todas as suas formas, que pretendem, secretamente, destruir, nem que seja de forma violente. Ou será que estamos esquecidos que o BE é um aglomerado de forças de extrema-esquerda, que, tal como as forças diametralmente opostas, são de cariz violento - como se pode ver em Copenhaga.
É impressionante como em Portugal se dá ouvidos a esta gente irresponsável e falsa, falsa pela demagogia barata com que debitam sound bites que ainda iludem tantos pelo facilitismo que apresentam. É necessário assumir que não há caminhos fáceis, que é preciso trabalho, o que não se coaduna com os facilitismos de uma esquerda igualitária e defensora de subsídios constantes, numa ideia de que há sempre dinheiro e riqueza, como se não se tivesse de trabalhar, o que leva, claramente a uma onda de elogio e compensação do demérito e da improdutividade.

Mas enfim, além de tudo, há que felicitar Aidar, pela sua convicção e luta, sendo claro que o direito à auto-determinação do povo do Sara Ocidental está a tardar a ser reconhecida, muito a exemplo do que aconteceu com o povo de Timor Leste.

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