Se dúvidas houvesse da falta de sentido democrático do primeiro-ministro, Eng. José Sócrates, hoje, no parlamento, durante o debate quinzenal, essas dúvidas desvaneciam-se de imediato.
Ora vejamos
Depois de ontem termos ouvido, no jantar de natal do grupo parlamentar do PS, José Sócrates elogiar os membros da direcção da bancada parlamentar que têm entrado em conflito com o Presidente da República, hoje, no debate, afirmou que ninguém, em democracia, está acima da crítica, em resposta a Francisco Louçã. Este último respondeu-lhe que havia uma grande diferença entre estar acima da crítica e afirmar, como o fez Sérgio Sousa Pinto, que o Presidente da República ao emitir a sua opinião está a interferir na acção do Governo. Aqui está a essência do desajuste de Sócrates e do seu PS com a democrática diversidade de opinião: quando esta coincide com a sua é legítima, quando é contrária é interferência. Para variar, Louçã teve razão, mas o triste Sócrates não quis entender a argumentação.
Pelo que sobra o que tudo isto é: provocação - com a intenção dupla de tentar condicionar a intervenção do Presidente, afim de que este não se sinta livre em promulgar diplomas contrários à vontade do Governo, ou mesmo, caso a situação se agrave, tenha pejo em dissolver a Assembleia, por um lado; por outro lado pretende também abrir caminho para o aparecimento de um candidato à presidência, agora que as eleições de Janeiro 2011, se aproximam a passos largos, da área socialista com hipóteses de vencer Cavaco, não por mérito próprio, o demérito efectivo do Presidente, mas sim por artificialidades provocadas por Sócrates e sua pandilha. Enfim uma acção política vergonhosa e que merecia uma resposta efectiva e frontal dos portugueses.
Palhaçadas do palhaço, que já não convencem ninguem. Quem na esquerda está á altura de derrotar o Cavaco? Essa é a questão? Eu não conheço ninguem. Vocês conhecem alguem?
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