quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Já alguém ouviu falar no MPP - Movimento Portugal pela Paz?


Eu já e não gostei.

O MPP - Movimento Portugal pela Paz é um novo movimento político que aspira a tornar-se em breve um partido. Para este movimento, Portugal e o seu povo têm um desígnio, quase messiânico, de serem os mensageiros últimos e universais da globalização, capaz de unir povos e derrubar diferenças.

Segundo o MPP, Portugal deve abandonar o Euro e deixar a subserviência a Bruxelas, lutando só pelo seu lugar no mundo, procurando recuperar o seu lugar de pai da globalização.

Do texto base que recebi, sobre o MPP, entendi que, embora pretenda ser um movimento político, o MPP não mais é do que um movimento de cariz humanista, partilhando muito daquilo que é a cartilha do já existente PH - Partido Humanista. Não sei mesmo porque é que os líderes do MPP não conversam com os líderes do PH, porque a sua visão de Portugal e do Mundo é muito semelhante.

No MPP encontramos algumas pessoas que saíram do antigo MMS - Movimento Mérito e Sociedade - e constituíram este novo movimento. Porém daquilo pouco que conheço, o MPP parece-me sofrer do mesmo pecado original do MMS: falta de fundamentação doutrinária política, que sirva de base fundamental e estruturante, sendo apenas sustentado por uma série de boas intenções, desejos e ideias, mas sem uma ideia fundamental , que sirva de rumo e farol, para outras posições e soluções que seja necessário adoptar consoante a realidade mude. Ou seja, tal como o MMS, o MPP parece-me ser um movimento do momento, para o momento, com ideias para o momento, mas que, ao não ter substrato, ao mudarem as circunstâncias em relação ao momento fundador, a base dissolve-se por não fazer mais sentido no novo momento para onde se vai. Logo, tal como o MMS não teve, porque nunca teve, um futuro, o MPP também me parece um movimento sem futuro.

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