sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Por água abaixo

Assim se foi a intenção dos Srs. Administradores e Gestores do grupo Águas de Portugal em terem todos popós topo de gama para brincarem. O mausão do Teixeira dos Santos e da Dulce Pássaro cortaram as asas aos gastadores marotos das AdP que apenas queriam um brinquedito novo. Porque razão?, Porquê?


Pelos vistos o caríssimo Teixeira dos Santos, que ainda ontem perguntava no parlamento aos deputados do PSD se eles sabiam onde haviam de cortar para conseguir baixar o défice do próximo ano sem um aumento da receita (leia-se impostos), hoje já descobriu onde cortar. E como ali há muito instituto e fundação supérflua, muita mordomia exagerada e injustificada que poderia levar a uma poupança de milhões. Talvez não os quatro mil milhões de redução que precisamos para o ano, mas com um valente corte na estrutura pesadíssima do Estado, talvez isso se conseguisse. Sei que isto arrepia os cabelinhos da nuca de qualquer socialista ou de qualquer esquerdista convicto, porque reduzir a máquina do Estado é comprometer uma série de tachos e de compadrios em que esses senhores, mesmo sendo de outros partidos, estão sentados.


Cortes efectivos nas Câmaras Municipais, nomeadamente nas empresas inúteis municipais, cortes concretos em fundações e institutos de direito público que não servem para nada a não ser gastar dinheiro, entre muitos outros cortes, poderiam reduzir em muito´os gastos do Estado. Sei que o que estou a dizer é duro, muito duro, porque isto iria custar o emprego a muita gente, mas efectivamente este problema que a conjuntura pôs a nu é um antigo e fundamental problema estrutural do nosso país que com urgência precisa ser resolvido. Seria certamente uma catástrofe social, mas seria o princípio da cura que permitirá ao nosso país recuperar rapidamente as finanças e com estas a economia. Sei que é difícil e que não é novo, falta é coragem, até porque o actual Partido Socialista tem nestas pessoas com empregos artificiais no Estado, bem como nos beneficiários de uma série de subsídios, uma boa parte do seu fiel eleitorado. De outra forma não compreendo como é que este Primeiro Ministro, este Governo e este PS ainda conseguem ter 35% das intenções de voto, segundo uma sondagem publicada hoje.




O Sócrates anda a passear por Nova Iorque e o país a afundar-se nos juros e no spread da dívida, desnorteado, com o Ministro das Finanças a cortar apenas onde o circo mediático aperta, e, é notório o desnorte. Para apimentar tudo isto está o Sócrates II a dizer que o Governo foge cobardemente se não o deixarem governar com o quer e muito bem lhe apetece, de rédea solta e completamente orientado para a subida de impostos, único remédio que vêm para resolver o défice, por falta de ... para cortar onde é preciso.

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