
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Lavar os pés

CREL os deslizes foram mais do que de terra apenas - a Câmara Municipal da Amadora deslizou também

Todos os utentes dos concelhos servidos pela CREL, mas em especial os que, como eu, são do Concelho de Sintra, têm sentido os nefastos efeitos do corte dessa estrada, devido a uma derrocada de terras.
A Câmara Municipal da Amadora é a proprietária de um aterro, cheio de lixo e terras, devido a uma obra de uma outra estrada, despejados naquele local, sem grande cuidado, apesar dos avisos da Estradas de Portugal, alertada esta pela concessionária da Auto-estrada, de que as terras para ali transportadas estavam a debilitar as infraestruturas de drenagem de águas da CREL.
Claro que como é hábito em Portugal e sobretudo nas autarquias, as orelhas moucas voltaram a não ouvir o que não convinha, mas o pior é que um perdido ofício foi encontrado por um jornal, colocando muito em causa a posição da CM da Amadora.
No meio de tudo isto está uma empresa do grupo Espírito Santo, a ESAF, que é citada por ser a gestora da parcela de terreno que desabou sobre a CREL. Mas esta empresa não quer, obviamente, pagar a factura da limpeza e reparação da estrada que a Brisa se prepara para lhe enviar, até porque diz não ser essa a sua parcela, mas sim uma contígua, e que, ainda não há culpas a assumir porque ainda não está definitivamente demonstrada a culpa do deslize.
Óbvio para mim é que a culpa não é concerteza dos mais prejudicados - os condutores que até pagam - e que estas entidades já se preparam para o habitual jogo de ping pong, sempre de uns para os outros, para que no fim a culpa morra, como de costume também, solteira. O prejuízo esse vai ficar, não nas mãos da privada Brisa, mas do Estado, que certamente pagará uma indemnização que o Estado vai dar até que se encontre um sempre esquivo culpado que leve com a factura - pesadita - em cima.
Mas isto deve de levar-nos mais fundo - à forma como o nosso território é administrado e ordenado - principalmente ao péssimo trabalho que por aí se faz, sobretudo ao nível autárquico. É que as nossas autarquias são organismos reconhecidamente improdutivos de benefícios concretos para os munícipes, e, as freguesias para os fregueses, sendo no entanto mais uma sobrecarga orçamental para todos.
Será, pergunto eu, que temos mesmo necessidade deste tipo de estrutura incompetente, desfuncional e sobretudo fonte de corrupção - é esta a sensação da generalidade dos cidadãos - como o são as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia, ou poderíamos promover uma vantajosa remodelação, profunda e verdadeira e também por isso que nos traga vantagens do dinheiro que gastamos?
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
O nosso Presidente da República está hoje na berra

Chico Esperto

Querer queria, mas não consigo
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Seis em cada dez famílias portuguesas sentiram dificuldade em pagar despesas de saúde - Sociedade - PUBLICO.PT

Este artigo do Público, motivado por um estudo da Deco, demonstra a forma como as famílias estão a lidar com grandes dificuldades com o prolongamento da crise financeira, que foi antecipada de uma crise orçamental, que para Portugal, este ano, a essa prolongada crise financeira regressa por acumulação essa passada e nunca debelada crise orçamental, que promete vir para ficar, ainda que a crise financeira se esfumasse hoje do dia para a noite.
Pergunta: Se a crise financeira internacional não é culpa dos governos nacionais, e estes não podem, por si só, acabar com ela, qual é a desculpa em relação a esta insuportavelmente prolongada e reincidente crise orçamental?
A verdade é que sempre o Estado viveu muito acima das suas possibilidades, iludidos que andámos numa nuvem de promessas igualitárias e colectivistas de uma esquerda enganosa, que nos conduziu por um caminho de direitos, sem que os deveres, sobretudo o de sermos produtivos e de os nossos empresários e gestores serem competitivos e competentes, acompanhassem os mesmos, tornando insuportável o peso que o Estado tem para economia. Mais ainda, aprendemos a bela arte de receber dinheiro de papo-para-o-ar e não queremos agora abandonar tal situação. Sim afinal até da UE vieram subsídios para abater frotas e arrancar culturas.
Acontece porém que para agravar tudo isto, o sector privado estrangulado pelo estado, numa tentativa de não ficar preso no imobilismo e tentar algum desenvolvimento, recorreu ao crédito, a níveis que agora, perante a crise financeira, sentem muitas dificuldades em pagar.
Pois, isto porque o nosso país gosta é de enterrar dinheiro em empresas moribundas, para que estas ainda sobrevivam mais uns minutos, mais umas horas, mais uns dias, acabando por morrer e levar consigo o dinheiro investido por todos nós. Claro que exigir aos empresários que se modernizem, tornem competitivos, pedir-lhes contas pelo dinheiro dos contribuintes que receberam, exigir resultados e uma rigorosa gestão, isso não passa pela cabeça de ninguém. Perdão só passa pela cabeça dos nossos governantes.
Ninguém tenha dúvidas que há empresas que tem de falir, mas é certo também que há funcionários públicos que tem de ser despedidos, outros que tem de ser mais produtivos e outros que tem de ser redistribuidos por outros serviços.
Mas e coragem para dizer, e sobretudo fazer, coisas tão impopulares? Não há. Népias. Logo todos temos de pagar. Mas o problema também não está em todos termos de pagar - quer dizer está, mas ainda assim -, o problema maior está em que a fonte está a secar, o dinheiro está a acabar, não há para tudo. E quando tivermos de começar a escolher onde queremos, ou melhor, onde teremos de cortar, espero que os keynesianos de bolso e os esquerdistas de papo-cheio - que sempre encheram a boca para falar do "povo" - não venham falar com o dito cujo da seringa e não venham culpar os neoliberais - pois os tais que nunca tiveram qualquer hipótese de governar em Portugal.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
A RTP é uma vergonha que todos temos de pagar

A PROPÓSITO DO PROGRAMA "FILHA ROUBADA" DA RTP
Introdução:
Tomada de posição:
A “Aliança Evangélica Portuguesa” respeita e valoriza o trabalho insubstituível dos profissionais da comunicação social e está, como sempre esteve, disponível para contribuir com os esclarecimentos que forem julgados necessários e adequados para que em cada caso a informação veiculada pelos órgãos de comunicação social seja completa, rigorosa e imparcial.
Infelizmente, e salvo o devido respeito, não foi uma informação completa, rigorosa e isenta a que foi prestada a quem viu o programa do Canal 1 da RTP “Linha da Frente” emitido na passada quinta-feira, dia 20 do corrente mês de Janeiro.
No programa é feita referência, por duas vezes, à “Aliança Evangélica Portuguesa” porém, em nenhum momento, foi a AEP contactada para prestar esclarecimentos, diria mesmo, para se defender das imputações que lhe são feitas, já que o programa “Filha roubada” aponta um dedo acusador ao Tribunal Judicial de Fronteira, que decretou a institucionalização de uma menina de 8 anos e ao “Lar Betânia”, que acolheu a menor. A “Aliança Evangélica Portuguesa” é metida nesta lamentável história, sem justificação, como acontece, aliás, com a “Aliança Pró-Evangelização de Crianças de Portugal”.
Em causa está o internamento de uma menina que à data contava 7 anos de idade, decidido por um juiz do Tribunal Judicial de Fronteira, numa instituição reconhecida e apoiada pela Segurança Social à qual foi entregue a menor retirada da casa de sua mãe.
Não é difícil concluir, a quem viu o programa, que a decisão judicial é fortemente contestada, assim como é fortemente criticado o “Lar Betânia” em vários aspectos da sua actuação. O que se pode dizer é que nem o senhor Juiz nem o Lar ficam bem na fotografia que o programa “Na Linha da Frente” lhes tirou e depois de uma acusação bem montada ser apresentada ao longo de vários minutos é o espectador informado de que «uma rápida consulta na internet do “Lar Betânia” conduz à “Aliança Evangélica Portuguesa”» sem se informar o telespectador a que título e com que fundamento se faz esta ligação entre o Lar e a Aliança. Mais adiante é dito que a “Maria passou o Natal com o pai e o Ano Novo com a mãe e foi depois obrigada a regressar ao “Lar Betânia”, um dos trinta e sete lares que a “Aliança Evangélica Portuguesa” tem espalhados por todo o país, com suporte financeiro do Estado português. O internamento de Maria custa aos contribuintes portugueses €517 mensais.”
É este um exemplo do tom da acusação em que a “Aliança Evangélica Portuguesa” é implicada.
Ao longo da peça foram inquiridos 2 psicólogos, 2 pedo-psiquiatras, 3 advogados, 3 parentes da Maria, 1 representante da Convenção das Assembleias de Deus, mas em momento algum foram ouvidos os representantes de duas instituições que nada têm a ver com esta triste história, mas que por serem referidas a despropósito acabam por ver o seu bom nome prejudicado: a “Aliança Pró-Evangeliação de Crianças de Portugal” e a “Aliança Evangélica Portuguesa”.
Não basta justificar a omissão e a falta de rigor com a ignorância do jornalista. Um bom profissional, seja ele de que ramo de actividade for, quando não sabe, pergunta. Já dissemos: a Aliança Evangélica está e sempre esteve pronta a prestar esclarecimentos.
Para que conste: a Aliança Evangélica Portuguesa não tem rigorosamente nada a ver com a propriedade ou a gestão do “Lar Betânia”, como não é possuidora ou gestora de um único lar em Portugal, muito menos de 37 espalhados pelo país.
A RTP está, por força da lei, obrigada a “proporcionar uma informação isenta, rigorosa, plural e contextualizada”. No caso concreto falhou no cumprimento do seu dever.
Oportunamente a Aliança Evangélica Portuguesa exercerá o seu direito de resposta para reposição da verdade e reparação do seu bom nome.
A,
Aliança Evangélica Portuguesa
A América e a Europa - Crónica de Pedro Lomba, hoje no Público

A América e a Europa
Esta narrativa excepcionalista, que começou primeiro como observação sociológica, ajudou a solidificar um certo credo ideológico. No século XX, quando escreveu também sobre o excepcionalismo dos americanos, o cientista político Seymour Martin Lipset disse que era uma ideologia em cinco palavras: liberdade, igualitarismo, individualismo, populismo e laissez-faire.
A ideologia ficou. Mitificada, claro, como são todas as ideologias. Mas na imaginação do mundo a América passou a ser associada à liberdade, à terra das oportunidades, da mobilidade social e da criação de riqueza. Toda essa ideologia optimista, convém notar, gerou depois uma contra-ideologia que, em vez da declaração de independência, preferia enfatizar o verso da realidade: as desigualdades raciais, a taxa de população nas cadeias, a pobreza, a saúde privada e incomportável para milhões de americanos, o capitalismo desregulado. A contra-ideologia americana nunca hesitou no modelo alternativo a seguir: a Europa "social". A Europa que tem menos pobres, menos presos, mais integração social mas também menos capitalismo.
O ponto que quero destacar é no entanto outro. Por causa do tal excepcionalismo, a sociedade americana sempre dependeu de um ethos normativo forte. O país da liberdade é também um país de regras, porque a boa liberdade é sempre a liberdade regrada. A cultura do trabalho, a responsabilidade individual, a ética da realização pessoal, são algumas regras desse código. Os americanos acreditam genuinamente na superioridade das suas regras e esperam que todos as aceitem e cumpram.
Essa é aliás a primeira regra de todas: a adesão. Dentro desse princípio de adesão, toda a gente é livre para fazer o que quer. Mas o respeito pelo básico tem sempre de lá estar. Os americanos são um povo eminentemente centrista por esse motivo, o que explica porque é que os extremos políticos nunca germinaram nos Estados Unidos. Não estão interessados em que se ponha em causa regras que eles sabem que funcionam. São um povo de liberdade, não de anarquia.
E é exactamente esse ethos, devo dizer, que me parece a diferença mais gritante em relação ao que sabemos da Europa (e penso aqui sobretudo na Europa Ocidental, a única que conheço). Não existe um ethos propriamente europeu que seja equiparável. A solidariedade? Duvido. Somos assim tão solidários na Europa? Ou, se existe um ethos, não é de adesão, como sucede nos Estados Unidos, mas de reivindicação. Enquanto os americanos percebem que têm de se adaptar o mais possível às regras porque as alternativas são piores, os europeus reivindicam, subvertem e desconfiam. Nuns casos, pretendem substituir regras por outras, as suas. Noutros, como é frequeente na Europa do Sul, até pensam que não vale a pena cumprir regras, uma vez que quase ninguém as cumpre.
Há muitos aspectos disfuncionais na sociedade americana e não pretendo ignorá-los. Mas este ethos existe mesmo e basta andar pelas ruas de uma cidade americana para perceber que, mesmo na pior crise desde 1929, eles vão sair daqui depressa.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Eis os amigos de Sócrates (II)

Chávez acusa EUA de provocar sismo no Haiti
Isto deixou-me com a pulga atrás da orelha, se o caso das escutas não terá sido uma ideia do Chávez ao amigo!!
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Não consegui resistir

As farmácias ameaçam cortar medicamentos para a Madeira, e aqui no Correio Preto estamos preocupados. É que só de pensar que o nosso querido e sempre afável Presidente do governo regional fica sem as gotas ... os cubanos que se cuidem!
Já se começa a falar naquilo que ninguém queria admitir

Virgindades pouco próprias
Estratégia de Sucesso

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Cristianismo em Crise - crítica ao presente cristianismo evangélico
Achei muito interessante, sobretudo porque, durante os meus tempos de activa militância cristã, foi uma das minhas batalhas: a luta contra esta mentira, deste novo evangelho, que mistura misticismos orientais, entre outras influências, com o cristianismo, criando esta nova mensagem que agora é muito apregoada (nunca posso dizer pregada) nas igrejas evangélicas deste país. Esta foi aliás, juntamente com algumas outras, uma das razões que me levaram a afastar dos movimentos organizados cristãos existentes, porque, por exaustão da luta, a esta já não estava disposto, não me sentindo mais capaz de continuar a desmontar esta mentira em cada local onde chegava, o que aliás sempre me trazia dissabores. Daí agora estar afastado de todos, e, por isso oficialmente desviado.
Deixo para já estas considerações e o texto, mais logo acrescentarei, em edição posterior algumas mais considerações pessoais.
"Pink Gospel" - ou o "Cristianismo Cor de Rosa"
O "Pink Gospel" proclama Jesus esquecendo-se de Cristo. O velho altar foi substituído pelo palco. O grupo de louvor tomou definitivamente o lugar do cântico congregacional. Sentimos muitas vezes que não fazemos parte de nada. Já não temos irmãos na fé. As igrejas estão agora cheias de Doutores, Engenheiros, Arquitetos, Historiadores, etc. Se você não tiver estudos arrisca-se a ser rebaixado à categoria de irmão. A velha saudação "A Paz do Senhor" foi abolida e substituída por: "Oi, tudo bem?". Os super-crentes olham-nos de soslaio querendo expulsar-nos com o olhar para os bancos de trás da igreja (os lugares "mais baratos" como já ouvi diversas vezes dizer). Hoje é tudo uma questão psicológica. Freud e Wilhelm Reich devem finalmente estar felizes na tumba. Cada vez há mais padres-psicólogos ou pastores-psicólogos. Um dia destes teremos Augusto Cury (ou os seus sucedâneos) a pregar nas igrejas locais aos domingos de manhã. Mais um pouco e todos os líderes das igrejas evangélicas terão que ser formados não em Teologia mas em Psicologia Multifocal...
Nos dias de hoje vamos à Igreja como se fôssemos ao teatro, ao futebol, ao cinema, etc. Vamos por tribalismo e não por convicção. Vamos para ver e ser vistos e não para adorar ou aprender a Bíblia. O antigo "culto" foi substituido pela "celebração". O "entretenimento" tomou o lugar da velhinha e bafienta "religião". ("O mesmo vírus com novas mutações" como diria a minha querida amiga Rute J.) Agora tudo é "light", tudo agora é "soft". "Mutatis mutandis" como já ouvi alguém dizer. "Se não podes com eles - junta-te a eles", foi o (sábio?) conselho que ouvi de um pastor responsável pela igreja local que frequentava no momento.
O "Pink Gospel" surgiu como uma tentativa de aligeirar a vida cristã. A moralidade é agora uma realidade dinâmica e mutável, portanto altamente volátil. O que é verdade hoje pode não o ser amanhã. Aceitar Jesus já não significa dar a vida pela sua Causa. Uma atitude militante tornou-se actualmente desnecessária. Já não somos chamados para trabalhar na Obra do Senhor mas para recolher os benefícios da mesma. Bênção, prazer, riqueza, felicidade, etc. conseguem-se agora através duma atitude mental correcta. (Tenho um vizinho que já leu "O Segredo" de Rhonda Byrne diversas vezes e por mais que tenha pensamentos positivos (disse-me) não consegue arranjar emprego. Ouvi à pouco tempo alguém responsável numa igreja dizer que afinal "O Segredo" diz o mesmo que a Bíblia diz. (Eu já li o tal livro e não vi nada disso). O hedonismo na sua melhor oferta. É por estas e por outras que temos actualmente igrejas frágeis e descaracterizadas. Já não somos a vanguarda da nossa civilização mas "comemos" o que o mundo nos dá. Já muitos perderam o espírito crítico e de análise textual cartesiana. Que é feito das antigas disciplinas de Homilética e Hermenêutica? Eu por mim não quero ser cristão "cor de rosa". E você?
Pink Gospel? Não Obrigado!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Sintoma da nossa permissividade Social - qual o rumo que estamos a tomar?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Eis os amigos de Sócrates


Hugo Chavez ordena expropriação da cadeia de supermercados por mudar preços
domingo, 17 de janeiro de 2010
Diálogo

O regresso do poeta Alegre

Cristianismo e Política

Deparei-me hoje com o seguinte texto aqui no facebook: "Quando Pilatos perguntou se Jesus é rei, ele respondeu: 'A minha realeza não é deste mundo (kosmos) se a minha realeza fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que Eu não fosse entregue às autoridades judaicas; portanto, o meu reino não é de cá" (Jo 18:36). «Muitos gostariam de integrar o reino de Jesus neste mundo político.»....«É que Jesus não veio trazer ao mundo qualquer forma de política.»".Não pude comentar no local por essa pessoa não ser um dos meus amigos do face. Mas como não consigo ficar sem comentar esta manipulação descarada do texto bíblico, ou pelo menos a que está implícita decidi escrever este texto.
Concordo e sou o primeiro defensor da laicidade do estado, até porque foi aí que se perdeu o cristianismo primitivo, quando da institucionalização pelo império romano da religião cristã, obrigando o povo a ter de participar da nova religião, a essência da vida cristã, a "conversão pelo arrependimento" deixou de existir. Sim Igreja e Estado devem estar separados, mas os valores que o verdadeiro cristianismo inculcam nos crentes são valores de profunda relevância política, que não podemos nem devemos ignorar, e creio mesmo, que fazem dos crentes os melhores políticos. Assim, os ensinos de Jesus têm lugar na política, aliás creio mesmo que têm um papel essencial, pois não sendo o homem a solução para o homem, mas Deus, quem mais pode ter a solução para o mundo senão aqueles que têm Deus vivente em si??
sábado, 16 de janeiro de 2010
Um bom fim de semana para todos
Sem mais palavras. Quem quiser saber ou conhecer mais deixe contacto nos comentários (estes não serão tornados públicos).
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
"Lisboa pode-se transformar por exemplo na praia de Madrid"

O Subsídio de Desemprego vai acabar

Que palavras se podem dizer

Não sei que mais dizer, não sei que mais pensar, já que de fazer pouco posso, por ser só um. Claro que as correntes, uniões, contribuições, tal gotas, unidas são um oceano, que no lago seco, ressequido, que hoje é o Haiti, toda a falta fazem.
Mas e o ontem, onde a miséria já era a vida, apenas hoje destapada por destroços que levaram os restos de vida que por ali deambulavam.
"Abaixo do limiar da pobreza" é mais uma expressão técnica de economia que já só faz ricochete na nossa endurecida mente, não provoca arrepio nem reacção.
Só queremos milhões, para pontes, estradas e TGV, mas o limiar da pobreza continua uma expressão, seja de um povo longe ou de um mal cheiroso perto - é apenas uma expressão.
Que palavras se podem dizer.
As palavras não dizem aquilo que as imagens mostram, mas ainda aí limpamos os olhos, pelo reflexo do desvio, pelo afastamento mental, que leva à lonjura da mente, à falência do coração.
Deveras há gente a sofrer, longe no Haiti, perto na casa do lado, mas a distância é a mesma, é aquela que colocamos no centro de nós. Sim somos muito capazes desse feito tremendo de viajar pelo mundo sem sair do mesmo lugar, tão pouco haja egoístico refúgio da realidade feia que os olhos querem mostrar, os ouvidos sentir, mas a mente, o coração, o eu, afastar.
Não há perfeição em mim, não a há em ninguém, mas podia haver uma centelha, uma pequena fagulha ainda. Mas não, sou só eu, também aqui pela escrita, em divagações loucas a fazer a mesma longínqua viagem de quem nos outros vê argueiro, com trave no seu olhar.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Google assume defesa da liberdade


Sismo no Haiti

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Governo vai corrigir erros e lacunas da reforma penal de há dois anos

Mas bem à maneira do teimoso Sócrates, ainda por cima desta vez com o beneplácito do PSD, motivado por uma brutal sede de vingança contra a Justiça, que atacou, na sua egocêntrica óptica, o PS, ao indiciar vários dirigentes socialistas no Caso Casa Pia. Sim bem me lembro da raiva debitada por Ferro Rodrigues e da promessa de Sócrates, nessa altura, dizendo que quando o PS fosse governo isto ia acabar. Acabou de facto.
As dificuldades de investigação e a penalidade foram alteradas, não só a favor de suspeitos de pedofilia (que afinal era disso que os dirigentes do PS eram acusados, mas como para Sócrates e sua pandilha o PS e amigos são mais importantes dos que as nossas crianças...), mas de todo o tipo de criminosos, criando o tão falado sentimento de impunidade nos criminosos.
O facto, é que coincidentemente com o vigor destes códigos os crimes mais violentos aumentaram, tanto que o próprio governo, numa lógica do troço mas não quebro, que é perigosa e vergonhosa em governantes, sentiu necessidade de contrariar, mas em vez de o fazer pela alteração dos códigos o fez por via da lei das armas.
É espantoso como é que perante tantas demonstrações de incompetência, teimosia, pouco interesse pelo povo, os portugueses reelegeram o PS, dão importância ao PSD, levam ao colo CDS e BE e ainda suportam o moribundo PCP-PEV.
Será que não chega já? Não estará na hora de uma verdadeira mudança?
domingo, 10 de janeiro de 2010
Frase domingueira II

Frase domingueira acertadíssima
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Assembleia da República encontra a solução para a corrupção em Portugal: mais uma Comissão Parlamentar


terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Lei estúpida - Código Penal, artigo 152º-A, número 1

Ramalho Eanes: eis o exemplo de um homem decente
Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.
Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.
O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.
Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros.
Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.
Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.
As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.
Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a. Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta,
de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das
utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta - acrescentando os outros.
“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”.
O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.
Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.
domingo, 3 de janeiro de 2010
Economia portuguesa 2009-2010

Parabéns.