quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Já se começa a falar naquilo que ninguém queria admitir

Portugal terá de abandonar o euro se mantiver fraquezas

Pois é afinal parece que a coisa esta mesmo mal. Para um conhecido economista da área socialista admitir uma coisa destas é porque a nossa situação em termos macroeconómicos está realmente muito má.

Admiti-lo - como com toxicodependentes e alcoólicos - já é um principio para a cura, o problema é que Daniel Bessa já não está no governo, e, em breve virão um chorrilho de colegas seus, embutidos de teorias keynesianas a contrariar as afirmações deste economista.

Afinal o governo pelos economistas não é muito diferente do governo pelos políticos tradicionais - primeiro o meu umbigo.

Seria importante que se reconhecesse a urgência destes desafios e a necessidade urgente de reformas de fundo, algumas bastante dolorosas. Pois e o dinheiro afinal não dá para tudo, embora haja senhores na esquerda que acham sempre que sim.

4 comentários:

  1. Ponto 1 - Portugal não corre risco de abandonar o EURO. E se isso acontecesse antes ainda a Grécia, a Espanha a Itália ou a Irlanda nos precederiam.

    Ponto 2 - Os critérios de Maastricht serão flexibilizados a prazo. Divida de 60 p/ 80% do PIB (Min.). Défice de 3% para 6% ( Min.)

    Ponto 3 - A desvalorização do Dolar, obrigará á desvalorização do EURO, sob pena de se isso não acontecer a industria Europeia colapsar de vez, dado que os principais mercados de exportação europeus indexam as suas moedas ao USD.

    Ponto 4 - O TGV e o Aeroporto serão "adiados" por falta de financiamento internacional adequado.E falta de capacidade do estado português para assegurar o pagamento dos respectivos serviços de divida.

    Ponto 5 - O aumento do spread da divida publica portuguesa e consecutivamente do spread dos bancos portugueses no mercado internacional, irão pressionar estes a aumentar os spreads de todos os financiamentos a decorrer, Créditos a Habitação, inclusive.

    Ponto 6 - Com a minoria parlamentar do PS, todos os partidos são responsáveis pelo que sair deste orçamento. Não haverá portanto alternativa que não seja a de um pacto de regime alargado. É natural que o CDS o BE e o PCP, usem isso para marcar posições e votarem contra.

    Ponto 7 - Talvez o Ouro volte a reconquistar o seu lugar enquanto reserva de valor e destrone o "decadente" Dolar americano dessa posição. Se assim for, temos razões para acreditar que as nossas 382,5 Toneladas de Ouro, que ainda sobraram das 865 que nos foram deixadas em herança, voltem a assumir um papel central na garantia de eventuais falhas pontuais nos pagamentos da divida.
    Apesar das n/ reservas de Ouro não cobrirem sequer 5% da divida do estado, penso que com a evolução dos preços deste metal para valores próximos dos 2,000€ / onça ( 3,000 USDs ), essa percentagem pode chegar aos 10%, o que já nos permite algum conforto, isto se formos SÉRIOS na abordagem da actual situação financeira do país.

    Ponto 8 - Chegada a hora de apertar o cinto, começemos por cima fazendo o que a Irlanda fez. Até que haja coragem para tomar medidas dessas não sairemos nunca da infancia democrática enquanto povo e nação.

    Ponto 9 - Esta crise nada tem a ver com o que é conhecido em termos de "crises económicas" por quase 100% dos seres humanos vivos a esta data.
    Trata-se de uma MUDANÇA DE PARADIGMA, com pelo menos 2 seculos. Esqueçam o que aprenderam até aqui. Novos problemas exigem novas soluções. Imaginação e Criatividade, espiritos livres, abertos e informados são bem vindos. Dogmas & retórica, não matarão a fome aos famintos.
    Esqueçam Keynes, de vez!

    Conclusão: Sinto-me abençoado por estar a viver momentos históricos.

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  2. Carlos deves ser o único a sentir-se abençoado por estar a viver uma crise destas. LOL

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  3. Desculpem, mas ainda não li o artigo. Contudo, isso não me impede de me sentir, também, abençoada por estar a viver momentos históricos, por me ter tornado militante de um novo movimento político que começou agora "a gatinhar" e que irá certamente contribuir para tornar Portugal num país melhor. Um país que deixe de olhar para os que estão atrás e comece a acelerar para tentar chegar perto dos que vão lá mais à frente... sinto-me feliz por fazer parte desse pelotão!

    Cumprimentos,
    Noélia

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