domingo, 28 de junho de 2009

Alberto João Jardim no país dos ricos... partidos


Já várias vezes denunciei neste espaço a vergonhosa forma como os partidos tradicionais tratam os dinheiros públicos, usando e abusando, sem consideração nenhuma. Esse despesismo só aumenta a necessidade que a máquina do Estado tem em consumir dos recursos produzidos no sector privado, e o pior é que tudo se desculpa como estando a coberto de uma alegada distribuição de riqueza que o Estado proporcionaria, fazendo chegar aos mais carenciados os recursos que os mais favorecidos teriam em excesso. Mas efectivamente não é assim. A máquina do estado, pesada e ineficiente perde na sua inércia grande partes desses recursos, já para não falar de quando esses são usados de forma negligente e desleixada.
De entre tantos outros exemplos, como o que se viu na forma como os partidos concordam em aumentar constantemente as subvenções que recebem do estado, ou a maneira egoísta como preferem várias eleições em vez de tentarem reduzir despesas, hoje foi noticiado pelo Público mais este exemplo de gasto desprezível dos dinheiros públicos: Assembleia da Madeira pagou pareceres para iniciativas do PSD.
Se há forma desprezível de mal gastar dinheiros que são de todos é distribuí-los pelos amigos. Mas se esses amigos prestarem um bom serviço ao estado, ainda se poderá tolerar, mas quando os amigos recebem dinheiros públicos para fazerem serviços a entidades particulares aí é, no mínimo, abuso e até mesmo desvio de verbas.
Mas a partidocracia portuguesa é mesmo assim, sem vergonha e continuamos a querer votar nestes senhores.
Este fim de semana com as tiradas do Sócrates na TVI e agora do PSD na Madeira, se os portugueses não fossem tão... já não votariam nunca mais nestes senhores. Mas percebo que a alternativa não é animadora: do CDS de Portas, que já virou e revirou casaca, não ao sabor de convicções (o que até seria legítimo) mas do seu interesse pessoal, tem tanta credibilidade com um cata-vento; passando pelo PCP, com a sua receita ultrapassada seria condenar o país à miséria, e não estou a exagerar, é mais um dos casos de cegueira nacional, porque só neste pequeno país ainda se dá ouvidos a este tipo de conversa; acabando no BE, que não saberia nunca governar, a sua especialidade é acusar e apontar, e, a preocupante forma como as pessoas têm abraçado este projecto que alia um profundo desrespeito pela propriedade privada a uma intensa e bem afiada demagogia, manipulando abertamente o eleitorado, deixam-me com muitas reservas acerca do nosso futuro colectivo.
Mas deixo o desafio para os portugueses começarem a descobrir os novos movimentos políticos que se levantam, em especial o MMS, com propostas realmente diferentes e melhores para a seriedade e transparência do nosso sistema político.

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