Há dois assuntos, ligados com exames escolares, que têm sido efectivamente confundidos: um são os exames nacionais - que influenciam na nota, influenciam as médias e a carreira escolar dos alunos - outro são as provas de aferição - que não contam para nota, servem apenas para o Ministério da Educação aferir da qualidade do ensino e da forma como os currículos escolares estão ou não a ser apreendidos pelos alunos.
Não tenho absolutamente nada contra o facto dos exames nacionais serem acessíveis, embora dependa um pouco do significado efectivo de tal termo. Se acessível significa fácil, que qualquer um resolve, temos aqui um problema de credibilidade dos mesmos. Se acessível significa que está acessível ao aluno médio, ou seja, se o exame é realista, estando estudado para que o aluno bom tenha um bom resultado, o aluno médio tenha uma nota média e o aluno mau uma má nota - claro que a aplicação de última hora pode ajudar, tal como o desleixo de última hora também pode prejudicar - então temos exames credíveis, bem feitos e que ainda por cima aferem também da qualidade do sistema educativo. Não posso esquecer-me do tempo dos exames dificílimos ou das provas específicas, feitas por professores universitários para alunos de secundário, dificílimos, humilhantes e frustrantes para os alunos. Pelos que um realismo nessas provas é muito bem vindo.
Nas prova de aferição o realismo destas é que demonstra da utilidade das mesmas. Ou seja se o ministério quer dados fiáveis para aferir da qualidade do sistema de ensino não pode permitir facilitismo nessas provas, nem pode ser demasiado exigente, tem de ser realista, para que realidades diferentes sejam reflectidas nos resultados das provas.
Infelizmente o grande pecado dos exames nacionais e das provas de aferição é que não se podem comparar dados. Primeiro não se pode comparar dados de exames manifestamente mais difíceis com os dados dos exames mais recentes e daí retirar a conclusão de que o ensino está melhor. Não se pode pegar em provas de aferição extremamente fáceis e daí tirar o mesmo tipo de conclusões. Isso em bom português tem um nome: mentira. Tem também uma série de adjectivos, tais como demagogia - da mais forte e descarada que se tem visto nos tempos da democracia portuguesa -, hipocrisia - é preciso ter muita cara de pau para dizer que estes exames estão ao nível de outros e daí vamos retirar conclusões de que se os resultados estão melhores é porque as medidas do governo resultaram -, falta de honestidade, etc.,etc.
Ponham estes miúdos a fazer exames de alguns anos atrás e vão ver o trambolhão. Eu não defendo isso, repito, não gosto de exames difíceis, prefiro-os realistas, mas daí também não podemos concluir que uma melhoria das notas é devida à política educativa do governo. Até porque isso é tapar o sol com a peneira e que sai prejudicado é o país, são os alunos futuros, que vão entrar num sistema mau que não tem capacidade auto-crítica. O nosso sistema educativo está a ficar anoréctico, cada vez mais magro, cada vez pior, mas olha-se ao espelho e vê uma pessoa gorda a precisar de dieta. Impõe-se uma mudança.
Não tenho absolutamente nada contra o facto dos exames nacionais serem acessíveis, embora dependa um pouco do significado efectivo de tal termo. Se acessível significa fácil, que qualquer um resolve, temos aqui um problema de credibilidade dos mesmos. Se acessível significa que está acessível ao aluno médio, ou seja, se o exame é realista, estando estudado para que o aluno bom tenha um bom resultado, o aluno médio tenha uma nota média e o aluno mau uma má nota - claro que a aplicação de última hora pode ajudar, tal como o desleixo de última hora também pode prejudicar - então temos exames credíveis, bem feitos e que ainda por cima aferem também da qualidade do sistema educativo. Não posso esquecer-me do tempo dos exames dificílimos ou das provas específicas, feitas por professores universitários para alunos de secundário, dificílimos, humilhantes e frustrantes para os alunos. Pelos que um realismo nessas provas é muito bem vindo.
Nas prova de aferição o realismo destas é que demonstra da utilidade das mesmas. Ou seja se o ministério quer dados fiáveis para aferir da qualidade do sistema de ensino não pode permitir facilitismo nessas provas, nem pode ser demasiado exigente, tem de ser realista, para que realidades diferentes sejam reflectidas nos resultados das provas.
Infelizmente o grande pecado dos exames nacionais e das provas de aferição é que não se podem comparar dados. Primeiro não se pode comparar dados de exames manifestamente mais difíceis com os dados dos exames mais recentes e daí retirar a conclusão de que o ensino está melhor. Não se pode pegar em provas de aferição extremamente fáceis e daí tirar o mesmo tipo de conclusões. Isso em bom português tem um nome: mentira. Tem também uma série de adjectivos, tais como demagogia - da mais forte e descarada que se tem visto nos tempos da democracia portuguesa -, hipocrisia - é preciso ter muita cara de pau para dizer que estes exames estão ao nível de outros e daí vamos retirar conclusões de que se os resultados estão melhores é porque as medidas do governo resultaram -, falta de honestidade, etc.,etc.
Ponham estes miúdos a fazer exames de alguns anos atrás e vão ver o trambolhão. Eu não defendo isso, repito, não gosto de exames difíceis, prefiro-os realistas, mas daí também não podemos concluir que uma melhoria das notas é devida à política educativa do governo. Até porque isso é tapar o sol com a peneira e que sai prejudicado é o país, são os alunos futuros, que vão entrar num sistema mau que não tem capacidade auto-crítica. O nosso sistema educativo está a ficar anoréctico, cada vez mais magro, cada vez pior, mas olha-se ao espelho e vê uma pessoa gorda a precisar de dieta. Impõe-se uma mudança.
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