Director do "Sol" diz que Vara "comandava" o jornal no BCP - Media - PUBLICO.PT
Mais uma farpa em toda esta situação.
Não sei já o que pensar ou o que é preciso acontecer. A política e os políticos são das coisas mais sujas que há por causa deste tipo de comportamentos e de pessoas.
Estou na política, num pequeno partido é claro, onde não cheira nem a dinheiro, nem a poder, por isso quem por lá anda está na política por convicção. A luta por uma higienização da política é cada dia mais uma luta urgente, uma luta essencial para a sobrevivência de uma débil democracia, onde os partidos são agora parte do problema e não da solução. Não sei, por vezes parece impossível acontecer alguma coisa de positivo vinda dos meios políticos. Os partidos, mais do reformados, precisam de ser refundados, pelo que essa a minha luta, construindo um novo partido e uma nova força política, sendo que entre as lutas políticas normais, temos de lutar contra os ímpetos que nos possam assemelhar no comportamento e nas ideias a esta gente.
Há muito a mudar, mas não são as direcções dos jornais.
É verdade que os nossos jornalistas e os nossos meios de comunicação social têm alguns problemas com o pluralismo político, afunilando ideologicamente as ideias difundidas ao bloco central. Mas se isto é por pressão, política ou económica, ou se é apenas defeito de formação não sei, o que sei é que se aos abusos dos políticos, juntarmos os abusos dos próprios jornalistas e seus patrões, podemos ver a forma como a nossa liberdade, sobretudo a de pensar e a de informação, estão bastante condicionadas.
O abuso dos meios de comunicação social chega ao ponto de ignorarem impunemente a lei e a Constituição.
Porque digo isso? A lei e a Constituição obrigam a que os Partidos em campanha eleitoral sejam tratados da mesma forma pelos meios de comunicação social. Ora estes, a pretexto do interesse público e de divulgarem apenas aquilo que tem "interesse" ou aquilo que "vende", que dá audiências, praticamente ignoram os pequenos partidos, concentrando-se apenas naqueles que já estão no parlamento. Aqui reside um evidente viciar da nossa vida pública, ao condicionar a informação aos partidos já com assento parlamentar, transmitem a ideia de que só esses é que poderão voltar a ter esse assento. Ora uma eleição é um ponto de partida, é o início de uma corrida sem vencedores anunciados. Ou deveria ser, os jornalistas imediatamente, pelo condicionamento que fazem, apenas dão possibilidades a quem querem. Isto é ilegal e é inconstitucional.
Alguém poderá afirmar que os meios de comunicação estão condicionados à necessidade de vender, de garantirem audiência, pelo que não é possível dar a mesma atenção a todos os partidos. Se isto pode ser verdade fora do período eleitoral, em campanha não o será, porque é uma exigência legal. É o mesmo que dizer que numa altura de enchente um restaurante pode fugir das regras de higiene ou facturação que a lei lhe exige. Todos os negócios têm as suas exigências e condicionantes legais e todos temos de os cumprir. Uma das exigências que a lei faz a quem tem um negócio de comunicação social é, por exemplo, o direito de antena, mas também o dever de tratamento igual de todos os partidos e forças concorrentes. Mas a comunicação vive ilegalmente e o nosso sistema político e judicial deixa.
Poderá ainda alguém defender que o Bloco de Esquerda superou esse condicionamento, que ultrapassou esses problemas, ou, como já li do José Manuel Fernandes, os jornalistas "sentiram" qualquer coisa de diferente no Bloco e por isso deram-lhe atenção. Isto é tudo falso e é condicionador da liberdade. Em primeiro lugar porque o dever dos jornalistas não é sentirem se devem ou não fazer notícia, em segundo lugar o dever dos jornalistas e seus patrões é cumprirem a lei. Além disso o Bloco só conseguiu ultrapassar as barreiras impostas pela comunicação social a partir do momento em que pessoas como o Fernando Rosas e o Miguel Portas, entre outros, com muitas ligações e muitos conhecimentos nos meandros e nas redacções, conseguiram levar o Bloco para as notícias. Daí à eleição de um deputado foi um pulinho.
É grave o que se revela sobre as tentativas de controlo da comunicação social pelos políticos, mas os jornalistas não se armem em virgens, porque também querem, e muito, condicionar os políticos.
Mais uma farpa em toda esta situação.
Não sei já o que pensar ou o que é preciso acontecer. A política e os políticos são das coisas mais sujas que há por causa deste tipo de comportamentos e de pessoas.
Estou na política, num pequeno partido é claro, onde não cheira nem a dinheiro, nem a poder, por isso quem por lá anda está na política por convicção. A luta por uma higienização da política é cada dia mais uma luta urgente, uma luta essencial para a sobrevivência de uma débil democracia, onde os partidos são agora parte do problema e não da solução. Não sei, por vezes parece impossível acontecer alguma coisa de positivo vinda dos meios políticos. Os partidos, mais do reformados, precisam de ser refundados, pelo que essa a minha luta, construindo um novo partido e uma nova força política, sendo que entre as lutas políticas normais, temos de lutar contra os ímpetos que nos possam assemelhar no comportamento e nas ideias a esta gente.
Há muito a mudar, mas não são as direcções dos jornais.
É verdade que os nossos jornalistas e os nossos meios de comunicação social têm alguns problemas com o pluralismo político, afunilando ideologicamente as ideias difundidas ao bloco central. Mas se isto é por pressão, política ou económica, ou se é apenas defeito de formação não sei, o que sei é que se aos abusos dos políticos, juntarmos os abusos dos próprios jornalistas e seus patrões, podemos ver a forma como a nossa liberdade, sobretudo a de pensar e a de informação, estão bastante condicionadas.
O abuso dos meios de comunicação social chega ao ponto de ignorarem impunemente a lei e a Constituição.
Porque digo isso? A lei e a Constituição obrigam a que os Partidos em campanha eleitoral sejam tratados da mesma forma pelos meios de comunicação social. Ora estes, a pretexto do interesse público e de divulgarem apenas aquilo que tem "interesse" ou aquilo que "vende", que dá audiências, praticamente ignoram os pequenos partidos, concentrando-se apenas naqueles que já estão no parlamento. Aqui reside um evidente viciar da nossa vida pública, ao condicionar a informação aos partidos já com assento parlamentar, transmitem a ideia de que só esses é que poderão voltar a ter esse assento. Ora uma eleição é um ponto de partida, é o início de uma corrida sem vencedores anunciados. Ou deveria ser, os jornalistas imediatamente, pelo condicionamento que fazem, apenas dão possibilidades a quem querem. Isto é ilegal e é inconstitucional.
Alguém poderá afirmar que os meios de comunicação estão condicionados à necessidade de vender, de garantirem audiência, pelo que não é possível dar a mesma atenção a todos os partidos. Se isto pode ser verdade fora do período eleitoral, em campanha não o será, porque é uma exigência legal. É o mesmo que dizer que numa altura de enchente um restaurante pode fugir das regras de higiene ou facturação que a lei lhe exige. Todos os negócios têm as suas exigências e condicionantes legais e todos temos de os cumprir. Uma das exigências que a lei faz a quem tem um negócio de comunicação social é, por exemplo, o direito de antena, mas também o dever de tratamento igual de todos os partidos e forças concorrentes. Mas a comunicação vive ilegalmente e o nosso sistema político e judicial deixa.
Poderá ainda alguém defender que o Bloco de Esquerda superou esse condicionamento, que ultrapassou esses problemas, ou, como já li do José Manuel Fernandes, os jornalistas "sentiram" qualquer coisa de diferente no Bloco e por isso deram-lhe atenção. Isto é tudo falso e é condicionador da liberdade. Em primeiro lugar porque o dever dos jornalistas não é sentirem se devem ou não fazer notícia, em segundo lugar o dever dos jornalistas e seus patrões é cumprirem a lei. Além disso o Bloco só conseguiu ultrapassar as barreiras impostas pela comunicação social a partir do momento em que pessoas como o Fernando Rosas e o Miguel Portas, entre outros, com muitas ligações e muitos conhecimentos nos meandros e nas redacções, conseguiram levar o Bloco para as notícias. Daí à eleição de um deputado foi um pulinho.
É grave o que se revela sobre as tentativas de controlo da comunicação social pelos políticos, mas os jornalistas não se armem em virgens, porque também querem, e muito, condicionar os políticos.
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