segunda-feira, 18 de maio de 2009

A Educação Sexual e a distribuição de preservativos nas escolas


Na senda da irresponsabilidade social, muito em voga em certa esquerda, que defendendo os desajustados sociais que causam distúrbios nas ruas, aceita que a sociedade se possa demitir do cuidado a pessoas, que dadas certas debilidades caem em situações patológicas, tal como a toxicodependência, a JS apresentou uma proposta de lei que prevê, num âmbito de uma suposta Educação Sexual, a distribuição gratuita de preservativos nas escolas.
Por muito bonita que a ideia possa parecer, não passa de uma demissão do Estado da sua função de responsável social, ao querer da forma mais fácil retirar-se da responsabilidade de formar socialmente os cidadãos. Esta proposta em vez de ser encarada como um projecto de Educação Sexual, assemelha-se muito mais a um programa de "redução de riscos e minimização de danos", frequente entre a comunidade toxicómana.
Na verdade trata-se de começar a construir a casa pelo telhado.
Ninguém de bom senso pode ser contra a distribuição de preservativos nas escolas, mas, o mesmo bom senso manda que esta não seja feita indiscriminadamente. A casa está a ser feita pelo telhado porque em primeiro lugar é essencial colocar um programa de Educação Sexual sério a funcionar nas escolas. Depois é essencial que em todas as escolas, desde o ensino primário, ou do primeiro ciclo do ensino básico, até ao ensino secundário, tenham um psicólogo clínico residente. Algumas escolas possuem psicólogos educacionais, que se dedicam, e estão formados, sobretudo para ajudar os jovens na identificação das suas apetências e tendências profissionais. O psicólogo clínico é essencial em todos os estabelecimentos de ensino, mais do que para ser o terapeuta dos estudantes, pode ser um excelente técnico que ajude a ultrapassar certos distanciamentos existentes entre o mundo dos professores e o dos alunos. Sendo assim, caberia a esse psicólogo a entrega dos preservativos aos jovens, claro sempre numa perspectiva profiláctica, procurando ajudar a que um aluno, questionado sobre a sua vida sexual, seja de facto confrontado com a sua escolha. Se é a primeira experiência sexual, o psicólogo deve ajudar o aluno a identificar as razões da sua escolha, percebendo as suas motivações, ajudando a ultrapassar situações de pressões, para que o aluno, querendo manter a decisão de avançar para a relação sexual, essa escolha seja verdadeiramente livre e informada. Se o psicólogo estiver perante um aluno já com uma vida sexual activa, a entrega do preservativo também não deve ser indiscriminada, podendo o técnico auxiliar a que essa vivência possa ser sempre o mais saudável possível.
Acontece que, por muito que a JS e outra esquerda extremista queira, a distribuição de preservativos, por si só, não é, nem nunca será, um acto de Educação Sexual. Embora possa ser importante, creio que é crucial contextualizá-la, parecendo-me ser a forma anteriormente descrita, a mais sensata e efectiva para o bem estar dos adolescentes e jovens.

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