terça-feira, 12 de maio de 2009

Passando ao ataque

Após o debate ontem na RTP com os candidatos às Eleições Europeias, e, dadas as opiniões gerais que recolhi na blogosfera e nalguma imprensa, dando pouca visibilidade, ou apontando uma falta de novidades, ou até mesmo um amorfismo por parte do candidato do MMS, fiquei pura e simplesmente farto e decidi passar ao ataque, porque afinal as verdades são para ser ditas. Ficam então alguns factos que me parecem importantes.
  • O MMS apresenta no conjunto dos 13 partidos e coligações o melhor candidato, porque de todos é o que melhor conhece as dificuldades de trabalhar e produzir riqueza na Europa.
  • A candidata do MEP é uma jornalista sem experiência política, candidata de um partido sem ideias nem novidade. Dei-me ao trabalho de ler as 78 páginas do programa do MEP, bem como o programa desse partido para a Europa e propostas de mudança nada vi, apenas e só mais do mesmo, do mesmo que os partidos que já lá estão têm defendido. Não há arrojo, não há concretização, apenas a ideia bonita da subsidariedade e da volta aos princípios dos pais fundadores da Europa. Em concreto para nós o que isso quer dizer: nada.
  • O MMS apresenta ideias muito concretas, como uma necessidade urgente de se produzir uma espécie de "simplex" europeu, desburocratizando a União, permitindo um maior fluxo de pessoas e bens, de fluidez nos negócios, potenciar a produção de riqueza.
  • O candidato do PS, Vital Moreira, limita-se a repetir uma cassete gasta e que, muito à semelhança das velhas cassetes do PCP, nada de concreto traz. O candidato do PS, bem como o do PSD, no debate de ontem, defenderam o indefensável. Mentiram ao povo ao prometerem referendar o tratado constitucional europeu, que redundou no Tratado de Lisboa, coisa que depois se recusaram a fazer, preferindo uma aprovação parlamentar, em congeminação com o Presidente da República.
  • O MMS, apesar de não ser entusiasta da instituição referendária, pois acreditamos numa democracia representativa de proximidade, de verdadeira proximidade, entre os eleitores e os seus deputados, tem no entanto como princípio que as promessas eleitorais devam funcionar como cláusulas de um contrato, entre os eleitores e os eleitos, que os primeiro têm necessariamente de cumprir.
  • O candidato do BE, Miguel Portas, apesar do insinuado por alguma blogosfera, não transmite credibilidade nenhuma. Afinal o BE sempre foi contra a integração europeia, e, apenas estão na Europa, no PE, para marcar a sua posição. Isto apesar de legítimo não traz nada de novo, nem de bom para Portugal, pois a sua preocupação não é o interesse nacional, mas a contínua demonstração das suas posições ideológicas perante a Europa. Postura aliás mantida também pela eurodeputada do PS Ana Gomes, repetente nesta lista, sendo no entanto também candidata à Câmara Municipal de Sintra, que apesar do interesse do país, havendo a ameaça de represálias contra o país, sempre insistiu em que se encontrasse à força as provas de envolvimento com voos da CIA - sem dúvida importante, mas quem vem primeiro o interesse nacional, ou um episódio que estava esclarecido dentro do possível.
  • O MMS é um partido novo, que de ser pequeno, muitos podem pensar que se pode dar à liberdade de defender certas coisas. Mas o MMS leva a política e o interesse do país como coisa séria. Reconhecemos que na integração europeia nem tudo tem sido bom para Portugal, mas ainda assim é na Europa o nosso lugar. Devemos estar na Europa e o partido quer eleger deputados para o PE, não para marcar posição, mas para melhorar a qualidade de vida dos portugueses. A nossa acção não será no sentido abstracto ou de estarmos apenas, será uma atitude pró activa de melhoria, sempre de melhoria de como se vive em Portugal.
  • A candidata do PCP, ou melhor, da CDU, Ilda Figueiredo sofre do mesmo mal de Miguel Portas. O seu sentido de integração europeia é reduzido. A preocupação com os fluxos migratórios, com os direitos dos trabalhadores é legítima, mas não pode, repito, não pode ser encarada como uma forma de congelar a Europa num imobilismo laboral, em que as empresas tornam-se empregadas dos trabalhadores, em vez do inverso, tendo estas que contribuir sempre para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, sem que estes tenham a obrigação de contribuir para o desenvolvimento das organizações onde trabalham.
  • O MMS consciente dos desafios que o mercado laboral enfrenta perante as novas realidades da globalização deseja promover um ajuste do trabalho às empresas, sem que isso signifique uma "escravização dos trabalhadores", até porque achamos escandaloso o valor do salário mínimo nacional que, em nossa opinião, deveria ser de 650 Euros. Conscientes das dificuldades deste valor para as empresas, é com trabalho, levando a que a produtividade, a flexibilidade, mas também a organização, a formação e uma menor tributação fiscal, que se conseguirá chegar a este valor de SMN e até ultrapassá-lo, garantindo que o salário mínimo seja suficiente para as necessidades básicas, o que actualmente não é.
  • O candidato do CDS/PP, Nuno Melo, é um valoroso advogado e tem sido impressionante a sua performance na comissão de inquérito ao caso BPN. No entanto, a realidade é mesmo esta, é que a nível europeu integra a mesma casa que o PSD, ou seja o PPE - Partido Popular Europeu - o que lhe retira muita margem de manobra.
  • O MMS não se revê em dicotomias antiquadas de direita ou esquerda, nem em Portugal, nem na Europa - o MEP por exemplo identifica-se claramente como centrista - porque olhamos não para os posicionamentos ideológicos, mas para as ideias. Boas ideias são boas ideias, não nos deixamos limitar por visões ou preconceitos de um ideário manifestamente obsoleto, seja centro, direita ou esquerda.
  • O candidato do PSD, Paulo Rangel, parece muito voluntarioso, mas a defesa da não ratificação do Tratado de Lisboa, depois de ter sido prometido aos portugueses, quase não deixa ouvir mais nada do que diz. Além do mais deixam muitas dúvidas os grupos de deputados que todos os partidos tradicionais, mas em especial os dois maiores, têm sucessivamente enviado para o PE, porque muito sinceramente pouco ou nada do seu trabalho é facilmente percepcionado pelo comum dos mortais.
  • Proximidade, transparência, falar simples e claro, dialogar com os eleitores e ir ao encontro dos seus anseios, das suas necessidades: esta é a postura do MMS perante os eleitores e perante os portugueses. No MMS ninguém quer ser profissional da política. Todos temos os nossos trabalhos, as nossas profissões. Estamos na política por convicção e porque achamos que quem está na realidade entende melhor das necessidades reais do que quem sempre viveu da política, na política e para a política.

Por tudo isto deixo aqui o meu protesto, ataquei porque me sinto atacado pelo facto de se querer continuar a perpetuar este estado lastimável em que a nossa democracia e a nossa sociedade se encontram. Mudar - no MMS esta não é uma palavra vã, tem um significado bem real.

Só necessitamos da força do voto de cada um.

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