segunda-feira, 4 de maio de 2009

PS+BE= Demagogia


As abordagens socialistas ao Bloco de Esquerda já começam a raiar o ridículo. O desespero do PS em fazer arranjinhos que lhe garantam, perante a previsível perca da maioria absoluta, e, dados os anti-corpos que a sociedade portuguesa tem contra o bloco central, uma maioria de governo, levam agora o PS a uma deriva à esquerda que traz o partido preso a um incómodo Bloco de Esquerda, que, a seu belo-prazer, tem conseguido fazer passar na Assembleia da República todo um rol de leis disparatadas, às quais o PS tem fechado os olhos.

A começar numa trapalhada, que vamos ver se conseguem desenrolar, lei do levantamento do sigilo bancário, os dois partidos, numa atitude demagógica quase inqualificável, aprovaram entretanto outro disparate: aprovaram a tributação em 75% dos prémios dos gestores. Uma parte importante das remunerações dos gestores, são prémios de gestão variáveis, que alteram, sobem ou descem, conforme o desempenho da empresa - maiores quando os lucros são maiores e menores quando os lucros também descem. Isso foi o que sempre se verificou nas empresas portuguesas.

O recordista no pagamento destes prémios tem sido o BCP, porém, após a última Assembleia de accionistas isso alterou-se; este ano os prémios mais altos foram pagos pela PT, mais de 600 mil Euros.

O Bloco de Esquerda, e o PS a reboque, justificam esta medida com uma semelhante tomada pela Administração Obama, nos EUA, que aprovou uma tributação até 90% desses prémios. O que os dois partidos não querem ver, a esquerdite impede-os, é que a Administração Americana recuou nessa decisão, isto porque exigiu a devolução total, dentro do que fosse possível, desses montantes; outra coisa que não querem ver é que essa tributação foi decidida porque a AIG, um grupo segurador que, por estar na falência, recebeu ajudas brutais do estado, e, após os maus resultados, e, com o dinheiro dos contribuintes, pagou milionários prémios de gestão. Isto é de um despudor inqualificável, esses gestores não fizeram nada para merecer ser premiados, e, o dinheiro dos contribuintes, que devia servir para salvar a empresa, foi desviado para o bolso desses senhores. Ora nada disso se passou em Portugal. As empresas que pagaram prémios não receberam dinheiros públicos, bem como onde houve descida de lucros houve cortes nos prémios. Nada mais justo.

O que não é justo é o BE e o PS a reboque, quererem acabar com o reconhecimento meritório de quem consegue resultados, querendo a que todos sejam nivelados pela mediocridade em vez de o serem pela excelência. Uma verdadeira visão do que uma ideologia gasta e ultrapassada pode produzir. Infelizmente, por ter uma roupagem de modernidade, muitos se têm deixado enganar por pensamentos tão falaciosos e demagógicos. Só resta esperar que acordem a tempo.

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