Inicio aqui uma série de reflexões sobre a política. Deixo aqui estas perguntas, que ao longo de vários textos vou tentar, dentro das minhas limitações pessoais, responder.
Fará sentido nos dias de hoje defendermos a actividade política, defender no sentido de achar virtudes e até interesse na actividade política? Será que a política se tornou tão suja que é quase nojento tocar em tal actividade, ou expressar interesse pelos seus temas e assuntos? Estará a política actual tão pragmática, tão encharcada de sentido prático que deixou de ter espaço para a utopia? Haverá na política tão pouca seriedade e tanto cinzentismo, tantas semelhanças entre tudo e todos os que se envolveram nessa esfera, que deixou de haver espaço para a ideologia e para o debate puramente ideológico? Trará vantagens prática e concretas para a vida do dia a dia o debate ideológico, ou abandonando este, o debate político apenas como tal? Valerá ainda a pena procurar outros meios de se conseguir uma melhoria das condições de vida dos cidadãos? Servirá a política afinal para quê? Que aplicação prática tem a política, será possível ainda mudar alguma coisa através da política? E a vida parlamentar tem algumas vantagens, ou passaríamos bem sem a existência de um parlamento? Para que serve afinal o parlamento, se a maioria dos deputados nem os seus deveres cumpre? Ainda fará sentido falar da política como uma actividade de serviço cívico, de serviço público? Como poderemos então garantir que os que exercem o poder político são os que querem servir e não servir-se da política? Poderá a via parlamentar ainda alterar alguma coisa nas nossas vidas e no nosso país? Poderá haver lugar a novas propostas e a diferentes ideias tendo em conta o actual sistema político? O que será necessário para mudar o estado de coisas na actividade política? Como podemos conferir dignidade ao exercício de cargos públicos eleitos? De que forma os cidadãos se podem envolver mais com os políticos? Como se pode garantir mais transparência à vida política? Terão os políticos para serem considerados credíveis de ter a sua vida pessoal completamente escrutinada em público?
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