domingo, 29 de março de 2009

Vieira da Silva e o abandono de Estado - Evidência gritante da Partidocracia vigente

O Partido Socialista escolheu um coordenador para os vários actos eleitorais que irão decorrer ao longo deste ano. A escolha recaiu sobre Vieira da Silva: socialista de renome, da velha guarda, conotado com a ala mais à esquerda do PS, sentido para o qual Sócrates tem virado todo o discurso do partido nos últimos tempos.
Por coincidência Vieira da Silva é também Ministro do Trabalho e da Solidariedade.

Salvo erro este é o ministério que regula o mercado de trabalho, tem a tutela do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, e, tutela também a Segurança Social. Salvo erro também acho que, pelo menos é o que dizem as televisões e os jornais - já agora também os bloggers -, estamos numa época de crise, onde os problemas nas empresas são grandes, onde o desemprego tem aumentado sobremaneira e onde os problemas sociais se têm agravado.

Isto mete-me um bocadinho de confusão: então se o Vieira da Silva é o ministro daquele ministério, quando estão a haver tantos problemas destes, ele deve estar cheio de trabalho, de coisas para tratar, de problemas para resolver, ou será que não? Como é que então este pobre senhor vai conseguir ainda fazer este trabalho todo no PS? Será que é por ser o ministro do trabalho, quer dar o exemplo trabalhando até à exaustão? Ou será que se vai aplicar o velho provérbio popular que diz que 'quem muitos burros toca algum fica para trás'. E o pior, é que da experiência que temos com estes políticos, o 'burro que ficará para trás' de certeza que será o ministério, porque o primeiro instinto dos partidos políticos portugueses, regentes desta Partidocracia, é a sobrevivência política, negligenciando tudo o resto à sua volta.

Daí que seja bastante questionável a opção do PS por Vieira da Silva, pois denota um tremendo egoísmo, pensando primeiro no partido e só depois no país, mas desta vez de uma forma descarada e por demais evidente.

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