Existe no nosso país uma crise económica gravíssima, com despedimentos cada vez mais comuns, com recordes todos os meses no número de desempregados inscritos nos centros de emprego, enfim uma situação preocupante que se está a tornar caótica. Mas apesar disso os despedimentos têm decorrido dentro do que é normal e exigido por lei, no entanto existem empresários, que a reboque da crise têm cometido verdadeiros crimes contra os seus empregados. Nunca fui de esquerda nem tenho aqueles complexos de que os patrões são sempre bandidos e os funcionários os coitadinhos explorados, mas existem situações completamente revoltantes e que deveriam requerer das autoridades competentes uma atitude mais enérgica e imediata.
Hoje de manhã ouvi no Bom Dia Portugal da RTP uma notícia duma empresa que desde o princípio do ano não paga os salários aos trabalhadores, na sua esmagadora maioria mulheres, e não bastando isso, ainda abriu processos disciplinares contra 37 delas por estarem grávidas, suspendendo-as por duas semanas e agora impedindo-as de entrar nas instalações da empresa. Isto é demais. Este senhor, este patrão, deveria ser imediatamente chamado à responsabilidade, alguém deveria de o informar que não pode disciplinar alguém por estar grávida, e, pior ainda, por isso impedi-la de regressar ao trabalho. Alguém deve intervir, se preciso for, nestes casos, devem os bens do próprio, responder pelas dívidas que este senhor tem para com os seus colaboradores. É plausível que esteja com dificuldades em pagar aos seus trabalhadores, então que proceda ao seu despedimento e entregue-lhes a carta para o Fundo de Desemprego - o problema é que provavelmente este senhor deve ter ficado com aquilo que descontou e com o que devia ter entregue à Segurança Social, por isso não manda ninguém para o desemprego. Isto é no mínimo criminoso. E como criminoso que é, como criminoso deve ser tratado.
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