Ontem o nosso caro Primeiro-ministro encetou mais uma das suas infindáveis incursões pelo mundo da publicidade e do anúncio fácil, ao despejar no parlamento, para gaúdio do grupo feroz que avidamente, ou bebia cada palavrinha como água no meio de deserto, ou salivava esfomeado para o pescoço do primeiro, ansiando saltar-lhe ao mesmo, todo um conjunto de novas propostas e ajudas às famílias.
Curiosamente este mesmo Primeiro-Ministro andou nos últimos três anos a lutar heroicamente, sozinho, rodeado de uma cambada de imbecis ignorantes, preso nas malhas da incompreensão, contra um défice monstruoso, continuamente herdado do seu antecessor. Nesse combate gritava: - Aqui del rei, aqui del rei, acudam a apertar o cinto, esforço de todos, vitória de todos, apertai, apertai; é preciso fechar, fecha, é preciso cortar, corta, força, força!!!!
Afinal e de repente existem já milhões, que o digníssimo primeiro-ministro se digna lançar sobre tudo o que mexe e não mexe, pronto a estancar cada pingo de sangue que ameace a sua reeleição. Mas não senhores, não pensais que esteve o nosso primeiro a apertar, apertar, para amealhar, amealhar para agora em ano de eleições lançar, lançar. É pura coincidência senhores, não vos deixeis enganar, é da crise, da crise que tanto jeito dá para esconder na verdade que tanto aperto era, apenas pelos vistos era, uma forma do nosso primeiro encher um belo mealheiro e agora ter, por acaso em ano de três eleições, o que distribuir.
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