A única dúvida com que fico é se foi em quatro anos de governo de Sócrates que estas escolas se degradaram de uma forma que agora urgisse encetar obras inadiáveis, ou esteve o nosso primeiro a aguardar que a urgência eleitoral do PS exigisse uma medida de tão mérito e premência como esta. A medida em si é absolutamente intocável, já a escolha do momento é em si bastante questionável. O povo diz, sempre em surdina, para os políticos não ouvirem, que deviam haver sempre eleições, porque é a única altura em que - sejam governos ou municípios - fazem alguma coisa.
Mas o mais asqueroso - peço desculpa pela força da palavra, ma é a que mais me corre na mente - é que o nosso primeiro, começasse, muito ao de leve, quando da assinatura deste protocolo com as Câmaras Municipais (só ainda não verifiquei se as contempladas com este protocolo são todas do PS, para dar uma ajudinha na campanha autárquica, o que seria ainda mais nojento, mas vou tentar averiguar) a criticar aqueles que apontam o dedo ao investimento público, afirmando que não iriam esperar mais, que era este o momento, que não iriam esperar pelo fim da crise.
Pois o que o nosso primeiro não disse, é que com esta medida, neste contexto de crise, só estão a dar razão à Manuela Ferreira Leite, que ao contrário do que a manipulação governativa quer ventilar, nunca esteve contra o investimento público, mas sim contra todo e qualquer investimento público, afirmando até que o investimento em obras públicas de proximidade - como é o caso das escolas - é benvindo e é benéfico no combate à crise, até porque gerará empregos entre os nacionais. Era bom que algum órgão de comunicação social confrontasse as afirmações do Sr. Primeiro-Ministro de hoje, com as afirmações que a líder do PSD tem feito, para que a verdade fosse reposta.
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