Tendo sido chamado à atenção por este artigo de António Vitorino, publicado no DN, verifiquei que existe já um vencedor, e por larga margem, das eleições para o Parlamento Europeu. Sem desrespeito pelas opiniões emitidas pelo político em questão, que nesse artigo procura explicações para o desinteresse dos europeus para com estas eleições, encontrei uma explicação, diversa das apresentadas, com as quais não concordo, porque partem da premissa de que na Europa tudo funciona bem menos os cidadãos.
Creio que a primeira razão para os europeus estarem tão desinteressados em relação às eleições para o Parlamento da União, é o facto de que o Parlamento não consegue intervir na vida dos cidadãos quando estes necessitam: exemplo disso mesmo foi quando o BCE elevava constantemente as taxas de juro, para controlar uma inflação, induzida não por um factor interno de procura excessiva ou outra, que provocasse pressões inflacionistas, mas sim por um movimento especulativo, que provocou uma subida exagerada e desproporcionada dos preços do petróleo, levando a movimentos de correcção, por aumento dos custos, nos preços de bens na Europa; nessa altura os cidadãos europeus, estrangulados por juros cada vez mais altos, quer nos créditos de uso pessoal (habitação, automóvel), quer nos créditos para empresas, pediam ajuda, para que os políticos interferissem no BCE, coisa que nunca aconteceu e de que o PE nunca falou; valeu apenas a força da crise financeira internacional.
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