quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mais uma mentira do Bloco de Esquerda

Demagogia tem limites.

Este é o novo cartaz e novo slogan do Bloco de Esquerda. Mais um sonoro soundbite sem conteúdo concreto.

Tentei perceber qual é a lógica deste tipo de pensamento. Li o que o Bloco diz acerca deste cartaz, no site oficial, onde afirmam que os 1500 milhões de lucros destas empresas devem ser aplicados em políticas sociais, em vez de serem distribuídos por apenas meia dúzia de accionistas. Claro que esses accionistas, se as empresas tivessem dado prejuízo, aí o Estado teria de compensar esses mesmos accionistas, só assim seria justo - claro que ninguém defende isto, mas este pensamento do Bloco deve ser visto pelos dois lados, porque apresentar as questões apenas por um prisma é falta de sinceridade intelectual. O Bloco de Esquerda, aquando da privatização do BPN, questionou, e com alguma razão, porque é que só se nacionalizava o prejuízo (ou seja as empresas desse grupo com problemas) e não os lucros, mas com este tipo de slogan que agora usa, perdem a razão que tinham, porque defendem a nacionalização do lucro e não do prejuízo.
Mas este pensamento do Bloco de Esquerda leva-nos ainda a outra extrapolação, que pelo seu exagero e ridículo, leva a concluirmos que estas ideias do Bloco são isso mesmo, ridículas e matam por si só o desenvolvimento económico de qualquer sociedade. Pensemos então porque é que o Bloco diz 'A Todos o que é de Todos', como assim. Então é de todos porquê? Porque todos usam. Se é porque todos usam então há muito mais a nacionalizar. As telecomunicações por exemplo, são de todos, a todos o que é de todos, vamos nacionalizar a PT; mas aí temos de nacionalizar a Zon e também a Vodafone e a Sonaecom, entre outras operadoras. A televisão, que todos vemos, essa é do Estado, mas dá prejuízo. Porém há algumas que dão lucro, provavelmente deveríamos nacionalizar a SIC e a TVI. Mas há mais, e então e os super e hipermercados: todos usamos, a todos o que é de todos, deveríamos nacionalizar o Modelo Continete e a Jerónimo Martins, também o grupo Auchan. Se continuarmos a discorrer neste tipo de pensamento chegamos à conclusão que tudo é de todos, que tudo deve ser nacionalizado e que aí a livre iniciativa individual não deve existir, porque se está a tirar a todos o que é de todos.

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