quinta-feira, 9 de abril de 2009

Partidocracia sem vergonha


Não pude apesar de tudo evitar de escrever este texto, porque as evidências da Partidocracia, e devido à impunidade e arrogância com que os partidos, líderes e senhores inquestionáveis deste sistema falido e manipulado, tratam sem respeito e sem pudor os eleitores e cidadãos deste país. Perante a nojice manifesta nesta situação: a lista de candidatos do PS às Europeias está cheia de candidatos já anunciados às eleições autárquicas, em lugar elegível. Esta não é uma crítica apenas para o PS, mas para todos os partidos que tenham a mesma atitude. Vejamos: o cabeça de lista é Vital Moreira, o número dois é Edite Estrela, em terceiro lugar aparece o nome de Capoulas Santos, em quarto está Elisa Ferreira - candidata do PS à Câmara do Porto -, em quinto aparece Correia de Campos, em sexto está Luís Palma e em sétimo Ana Gomes - candidata do PS à Câmara Municipal de Sintra. Imediatamente vem-me à mente a busca habitual dos políticos pelo tacho. Afinal que consideração há pelos eleitores: o PS se eleger todos estes nomes, estes vão para o Parlamento Europeu, mas aquando das autárquicas virão pedir votos, e, se forem eleitos lá vêm para as Câmaras e abandonam o Parlamento, quem irá para lá? Certamente não são as pessoas em quem os eleitores votaram. Isto demonstra uma imensa falta de respeito, é o mínimo que consigo dizer, porque os partidos portugueses continuam a considerar seus os mandatos, a utilizarem testas-de-ferro eleitorais, para depois os substituírem por aparelhistas sem mérito nem reconhecimento público. Isto passa-se não só no Parlamento Europeu, mas também no Parlamento Nacional, nas Assembleias Municipais, etc.
É a desconsideração total, daí apoiar a 100% as propostas do MMS, porque este partido defende que deve cada lugar pertencer a quem é eleito e não aos partidos.

Afinal isto é uma democracia ou uma ditadura dos partidos: Partidocracia.

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