Hoje foi divulgado mais um número que, a mim enquanto cidadão contribuinte, me revolta particularmente: foi divulgado que as eleições europeias, em financiamento da campanha eleitoral, custará ao Estado quatro milhões e meio de Euros. Atenção que isto é para repartir apenas pelos partidos com deputados eleitos, e, em proporção do seu número. Ou seja, será apenas para PS, PSD, CDS/PP, CDU e BE, deixando de fora as outras sete forças políticas que irão concorrer às europeias: PCTP/MRPP, PNR, PH, MPT, MEP, POUS e MMS.
Para além da vergonha que é os partidos já receberem subvenções anuais do Estado para se financiarem, ainda recebem estas ajudas específicas para as campanhas. Esta forma de distribuir dinheiros públicos é mesmo concebida para manter o círculo dos "sempre os mesmos", eliminando qualquer concorrência externa, como aliás foi também escrito por José Miguel Júdice (ver aqui).
A grande verdade é que os partidos políticos em Portugal servem-se da democracia, servem-se mutuamente do Orçamento de Estado, numa daquelas matérias onde, curiosamente, nunca discordam.
Dá que pensar.
Mas ânimo, existe alternativa: o Movimento Mérito e Sociedade, um pequeno e novo partido, que celebra amanhã o seu 1º aniversário, defende com unhas e dentes o fim das subvenções aos partidos, bem como de todos os outros financiamentos estatais, postulando que cada partido deve ser financiado pelos próprios militantes.
Além de ser uma medida de transparência, também é uma medida de honestidade política, pois permite a entrada, em igualdade de circunstâncias, a qualquer outro competidor político.
Verdade seja dita que assim os partidos do espectro parlamentar perderiam o monopólio do mercado político, o que naturalmente não desejam, mas esta é uma medida, mais do que política, é uma medida de regime, contribuindo de uma forma considerável para o fim da nossa Partidocracia vigente, acalentando consigo a esperança no renascer de uma nova e moderna democracia.
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