É por estas e por outras que o Estado, como entidade, está tão desacreditado e que ninguém, por muito que isto doa aos anti-neoliberais, consegue confiar na capacidade de gestão do Estado. Em Portugal o Estado é grande, gasta muito e gasta mal. Quando o contribuinte se depara com uma notícia destas, por muito que se queiram encontrar mil desculpas e razões, a revolta e o descrédito instalam-se e, obviamente, a solução parece ser sempre o emagrecimento compulsivo desse mesmo, morbidamente obeso, Estado. Os cortes parecem ser duros, mas perante a infecção instalada aparentam ser a única alternativa.
Sabendo-se desta notícia, depois de no fim de semana se ter visto uma entrevista como a que António Capucho deu ao CM, a dimensão do despesismo e a inutilidade das reformas, correcção, das pseudo-reformas, que nada contribuem para o emagrecimento do Estado, estimulando sim a sua desorganização, os neosocialistas deveriam corar de vergonha por defenderem um novo recrudescimento do papel interventivo do poder estatal em todos os cantos da economia, das finanças, entre outros campos de tentacular alcance.
Não há volta a dar, é importante emagrecer o Estado, cortar o "mau-Estado", fortalecer o "bom-Estado", aquele que funciona bem, que é moderno, aquele que é essencial, que é eficazmente regulador, aquele que procura promover a qualidade de vida dos cidadãos, sem que para isso lhes absorva o dinheiro, o sangue, a carne e ainda lhes chupa os ossos.
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