segunda-feira, 13 de abril de 2009

a Qimonda já estava salva nas respostas bélicas e arrogantes no Parlamento, mas está fechada

Esta frase, título desta mensagem, não é fumo da minha chaminé, foi escrita por Pacheco Pereira, no Público, do passado sábado, e agora disponível aqui, como crítica ao governo propagandístico do Eng. Sócrates.
Se bem me recordo, creio que Pacheco Pereira se refere a um debate quinzenal, onde o Primeiro-Ministro foi confrontado, pelo líder do PCP, Jerónimo de Sousa, com o nome de uma série de empresas em dificuldades por causa da crise, onde o governo não tinha tido qualquer acção, nem tomara qualquer medida que minimizasse os efeitos da mesma nessas empresas. Em resposta, em tom ainda mais arrogante do que é costume, o Primeiro-Ministro responde dando exemplos de intervenções de sucesso, destacando de entre todas a Qimonda, como exemplo de sucesso do governo, numa intervenção que beneficiou a empresa e a colocou a salvo dos efeitos da crise. Porém, no dia seguinte, ou poucos dias depois, a casa-mãe da Qimonda, na Alemanha, declara a falência arrastando a fábrica de Vila do Conde para uma insolvência forçada, estando neste momento parada.
Mas a meu ver, esta frase de Pacheco Pereira, não serve tanto como crítica ao governo, nem ao PS, serve como crítica sobretudo ao PSD e aos outros partidos da oposição, que numa posição situacionista, não utilizam estes exemplos para deixar em maus lençóis o governo, desmascarando a arrogância e mostrando, com factos, a face propagandística dominante neste governo. Estes exemplos é que deviam estar na rua. Os cartazes não deviam dizer "Política de verdade", deviam dizer "Sabe que o Primeiro-Ministro afirmou ter salvo a Qimonda e que ela fechou?". Depois Sócrates e os seus súbditos, bem como a sua querida namoradinha, ficam muito ofendidos quando lhe chamam "mentiroso".

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