quarta-feira, 29 de abril de 2009

Campanhas Eleitorais


Hoje no Fórum da TSF esteve em debate os novos meios, pelos quais, os partidos políticos têm feito, ou melhor, começaram a fazer as suas campanhas eleitorais. Apesar de ter tentado intervir, já me inscrevi tarde, pelo que não fui contactado. No entanto gostei de alguma opiniões que ali ouvi, foi interessante.
Este assunto foi escolhido pela TSF dado o facto do PSD lançar hoje um Call Center, através do qual qualquer cidadão pode deixar as suas ideias políticas, tendo em vista as eleições que se avizinham durante este ano; também o PS tem recorrido a novos meios, nomeadamente através do lançamento do site "Sócrates 2009".
Embora ache que estas acções mediáticas tenham o seu interesse, creio também que são efectivamente ocas e inconsequentes. Veja-se as respostas do Primeiro-Ministro no 25 de Abril: dez perguntas cómodamente pré-seleccionadas e nada problemáticas para Sócrates. Já ontem Augusto Santos Silva respondeu, no "Sócrates 2009" a outras perguntas, segundo o anunciado, em directo, com o intuito de trazer uma maior ligação entre eleitores e eleitos - uma falácia, porque não estaria mais directo em directo do que numa rádio a responder a perguntas gravadas. Para além da pobreza que o nome do site revela, demonstrando mais uma vez a pobreza de personalidades que existe, não apenas no PS, mas nos partidos do arco parlamentar em geral.

O PSD preferiu lançar uma linha telefónica, mas seja que meio for é completamente inconsequente, porque não acredito, perdoem-me o cinismo, que qualquer um destes partidos mude uma linha, uma vírgula, um único ponto do seu rumo previamente traçado devido a estas intervenções dos cidadãos. Daí que concluo ser esta apenas mais uma forma de mera campanha, no sentido mais publicitário do termo, tal como os outdoors e outros cartazes que estão a ser espalhados pelo país.
Só acredito em novas ideias quando os partidos defendem de facto novas ideias, e, dessas vejo muito poucas nos partidos tradicionais.

O Movimento Mérito e Sociedade vai verdadeiramente ao encontro das expectativas de inovação que os cidadãos têm. O que quero dizer com isto? As campanhas pelos novos meios não se fazem sozinhas, estão aliadas às campanhas pelos meios tradicionais (cartazes, folhetos, brindes, arruadas, anúncios em rádios e tvs, comícios, etc.) onde o cidadão militante e/ou eleitor tem um papel muito passivo, o qual, os novos meios, parecem iludir, dando a aparência de que os partidos ouvem os cidadãos; para além da passividade, o cidadão militante e/ou eleitor paga estas campanhas, que são caríssimas, como cidadão contribuinte que também é, indo custar, só a campanha para as europeias, 4,5 milhões de Euros ao Estado. O MMS defende duas medidas verdadeiramente inovadoras neste aspecto: o primeiro deles é o facto de defender o fim das subvenções estatais aos partidos, bem como o pagamento das despesas de campanha daqueles que elegem deputados; o segundo deles é defender uma verdadeira, e não aparente, proximidade entre cidadãos eleitores e cidadãos eleitos, propondo a criação de círculos uninominais na eleição de deputados, bem como que, uma vez eleitos, esses deputados se desloquem ao seu círculo, uma vez por mês, onde, em local público, explicará aos cidadãos o que tem feito e defendido, e, onde ouvirá os anseios e as necessidades dos eleitores do seu círculo.

Esta é uma verdadeira democracia em acção, muito diferente da democracia de brincar, através da Internet ou do telefone.

Mas a campanha eleitoral mais eficaz é aquela que o é sem parecer, onde o que é do eixo partidário parlamentar e o que não é do mesmo eixo, é secundarizado, diminuído. Um exemplo: ontem as televisões falaram acerca da única marca automóvel que tem aumentado as suas vendas na Europa, a Fiat, apresentando o português que lidera esse grupo nos mercados da Europa do Sul (França, Espanha e Portugal), onde esse aumento de vendas é particularmente sentido. Foi dado destaque a esse português que tem lutado, e, conseguido vencer, a crise. A única coisa que as televisões não disseram é que esse gestor de sucesso, que conhece a Europa pelo trabalho, não pela teoria, ou pelo assento parlamentar, é o cabeça de lista do Movimento Mérito e Sociedade para as Eleições Europeias.
Interessante não é?!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.